Alunos e egressos do curso de Enfermagem da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) realizam ações no dia 19 de novembro, quando comemora-se o Dia Mundial de Prevenção de Lesão por Pressão, que ainda é um problema de saúde pública. As ações foram realizadas no Hospital Getúlio Vargas (HGV), na sexta-feira (20), onde os estudantes tiveram a oportunidade de realizar orientações aos pacientes de formas dinâmicas e educativas.

A lesão por pressão é popularmente conhecida como escaras, que formam feridas ou úlceras na pele de pacientes, geralmente elas atingem pessoas acamadas e com mobilidade reduzida. Pensando nisso, os estudantes realizam as atividades nas Clínicas Neurológica, Urológica, Médica e Cirúrgica III do Hospital Getúlio Vargas (HGV) junto ao Núcleo Integrador de Avaliação e Vigilância em Saúde (Niavs), enfermeira Nirvania Carvalho, e Núcleo de Curativos do hospital.

A ação foi realizada na última quinta-feira (19)

A professora Sandra Marina, participante do projeto e professora do curso de Enfermagem da Uespi, afirma que a promoção desse projeto é muito importante tendo em vista que ainda não é um assunto muito discutido como problema de saúde pública. “A lesão por pressão é um problema de saúde pública, tanto é que existe essa campanha mundial e nós entendemos a importância de abordar esses assuntos. Diante disso, este ano a ação foi realizada com alunos e com os funcionários para fazer essa mobilização. Nosso trabalho no HGV ao longo dos anos tem transformado e reduzido os números dessas lesões”, ressalta a docente.

Amanda Costa, estudante do nono período do curso de Enfermagem, pontua que durante as rodas de conversas foram realizadas perguntas à equipe de cada posto relacionadas ao tema e, assim, discutidas entre as técnicas e enfermeiras do local.

“Observou-se que os profissionais entendem a importância da prevenção de LP durante a assistência, porém ainda há muitas dúvidas quanto aos estágios, as características da lesão e de como evitá-las. Além disso, foi utilizado um macacão em que estavam destacados os pontos de proeminência óssea em que a LP são mais incidentes. Eventos como esses são de suma relevância, pois a maioria das lesões são evitáveis durante o período de internação. As acadêmicas do nono período puderem aplicar seus conhecimentos teóricos durante as explanações e auxiliar a equipe durante os estágios na instituição”, destaca a aluna.

A estudante Renata Celestino, do sexto período,  acrescenta que as ações para prevenção de lesão por pressão tem sido frequentes desde sempre dentro dos hospitais, por meio de pulseiras, informações, mudanças de decúbito, avaliação diária da pele, entre outros. No entanto, com a pandemia, os projetos tiveram que ser feitos em outros formatos.

“Nós, como alunas, temos o dever de continuar a prevenção e informar a todos sobre o surgimento e o desenvolvimento das lesões, principalmente em pacientes de risco. Para nós, alunos, a riqueza de conhecimento é imensa, desde aprender a lidar com o paciente até estar diariamente ajudando na cura da lesão. E os projetos dentro do âmbito estudantil servem para nos aproximar da realidade do sistema de saúde e melhorar como podemos a vida do paciente”, pontua a estudante.

Estudantes e egressos fizeram orientações sobre tratamento e prevenção das lesões por pressão

As ações realizadas pela universidade no HGV são frutos de uma parceria entre as instituições que visa a proporcionar uma experiência prática aos alunos e uma melhor serviço do hospital para os pacientes.