Mais uma ação de cidadania e saúde realizada a partir de uma parceria entre a Defensoria Pública do Estado do Piauí, Serviço Social do Comércio (Sesc) e Secretaria de Estado da Justiça, beneficiou nesta terça-feira (29), as reeducandas da Penitenciária Feminina de Teresina. Estiveram presentes a subdefensora pública geral, Carla Yáscar Bento Feitosa Belchior; a coordenadora do Sistema Prisional da DPE-PI, Viviane Pinheiro Pires Setúbal e o assistente social da Diretoria Criminal, José Luiz de Sousa Júnior.
Além de testes rápidos para detecção de enfermidades e verificação de pressão arterial, as reeducandas receberam orientações por meio de palestras como a da psicóloga Ana Moema Arrais Evelim Soares, especialista em cognitiva comportamental e dependência química, além de coordenadora do Projeto Ouvi o seu Grito, que trabalha com prevenção ao suicídio.
A coordenadora do Sistema Prisional da Defensoria Pública, Viviane Setúbal, abordou o tema “Reeducando e o Direito à Saúde”, destacando os direitos das pessoas que se encontram dentro das Unidades Prisionais e mostrando o papel da Defensoria Pública também nesse contexto. “O direito à saúde é um dever do Estado. E para nós que fazemos a Defensoria Pública é muito importante preservar a saúde de vocês dentro do Sistema Prisional. Sabemos, comprovadamente por meio de pesquisas, que as pessoas que se encontram encarceradas são mais suscetíveis a doenças, daí a importância de trazermos até vocês políticas públicas voltadas para a saúde. Esse tempo que passam aqui é só um momento na vida de vocês, por isso a importância de se cuidarem para que quando saiam possam estar saudáveis para seguir em frente”, disse.
A gerente da Penitenciária Feminina, Cristiane de Praga, destacou a relevância da ação e de contar com a Defensoria Pública como parceria. “É muito importante mais uma vez essa parceria voltada para promover o conhecimento, principalmente para essas meninas que não têm oportunidade de estarem acompanhando a própria saúde. É fundamental passar esse conhecimento para elas se cuidarem, para que possam desempenhar suas funções quando saírem, mas tendo saúde. Aqui na Penitenciária Feminina, quando elas entram passam por todo o corpo médico, desde o serviço social até o clinico geral, a ginecologista, que fazem todo o procedimento de investigação de saúde da interna. A Defensoria é muito importante, porque nos ajuda nesse processo e nos dá apoio quando, por exemplo, temos casos que não permitem que a interna permaneça aqui dentro. A Defensoria nos ajuda a conseguir a prisão domiciliar”, disse.
Carla Yáscar Belchior destacou o atendimento de saúde dentro da penitenciária . “É um projeto por demais importante e que evidencia a esfera social de atuação da Defensoria Pública, pois nosso compromisso com as reeducandas vai além do atendimento relativo ao acompanhamento dos processos. Buscamos promover, junto com importantes parceiros, políticas públicas voltadas para a garantia da saúde das reeducandas, porque ela é a base para que todo ser humano possa desenvolver suas atividades. Ações como essa são gratificantes do ponto de vista da instituição e também para as pessoas que estão envolvidas”, afirmou.