Em homenagem ao Dia Nacional da Umbanda, a Secretaria da Assistência Social (Sasc), por meio da Superintendência de Direitos Humanos e Gerência de Enfrentamento à Intolerância Religiosa do Estado, realiza um ato festivo na Praça dos Orixás em Teresina, a partir das 19h. O evento pretende reunir simpatizantes e seguidores das religiões de matriz africana para celebrar a data com respeito e tolerância.

É um evento de iniciativa da Superintendência de Direitos Humanos com o objetivo de valorizar as diversas religiões. Nesse dia vamos celebrar o Dia da Umbanda, o que é muito importante, pois sabemos que em alguns momentos existem conflitos. E queremos trabalhar essa questão do respeito e da tolerância. Em outros momentos iremos colocar em pauta outras expressões religiosas que também precisam do nosso apoio”, disse Janaína Mapurunga.

“O Dia Nacional da Umbanda é comemorado em todo o Brasil e mostra a visibilidade da nossa religião que historicamente já foi muito massacrada pela sociedade. Hoje estamos construindo os nossos espaços e lutando contra a intolerância religiosa. Levantamos essa bandeira de respeito para com todas as formas de religiosidade, crença e fé”, disse o sacerdote Flávio de Ogum, gerente de Enfrentamento à Intolerância Religiosa e Apoio às Comunidades Tradicionais do Estado.

Flávio de Ogum informou ainda que o evento será aberto pela banda da Polícia Militar, logo depois haverá um momento de saudação aos Orixás, seguido de uma homenagem a alguns mães e pais de santos, vivos e póstumos. “Teremos ainda apresentação de grupos afros e para finalizar uma grande roda com o toque dos tambores e louvor à Encanteria da Umbanda”, explicou.

Dia da Umbanda

O Dia Nacional da Umbanda foi aprovado em 2008 pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), através do Projeto de Lei 5687/05.

A umbanda é uma religião sincrética tipicamente brasileira, formada a partir de vários elementos da cultura religiosa nacional, como catolicismo, espiritismo e cultos africanos. O sincretismo resultou da proibição imposta pelos senhores de escravos aos cultos tipicamente africanos.