O 3° sábado do mês de Outubro passou a ser conhecido oficialmente como o Dia Nacional de Combate à Sífilis. A intenção dessa data é estimular a participação da sociedade, dos profissionais e gestores de saúde em iniciativas que contribuam para a sensibilização sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento a essa infecção sexualmente transmissível.

Este ano o slogan da campanha é: “Sífilis, Eu sei. Você sabe?”. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), por meio da Coordenação de Doenças Transmissíveis, informa que, conta da pandemia Covid 19, os serviços de saúde foram orientados a realizem ações de educação em saúde sempre que possível nos serviços e ambientes oportunos, incluindo a mídia e meios virtuais, disponibilizando acesso facilitado a testagem para diagnóstico na população.

“Neste ano, a campanha será realizada dia 17, no entanto, foi sugerido que as atividades alusivas à campanha sejam realizadas durante todo o mês de outubro e decorrer do ano, inclusive em parcerias com campanhas do Outubro Rosa, Novembro Azul e Dezembro Vermelho, visando alertar a população para a gravidade da doença, formas de prevenção e tratamento”, destaca Karinna Alves Amorim de Sousa, coordenadora de Doenças Transmissíveis.

A Sesapi informa que, no Piauí, a epidemia está crescendo nos últimos anos. De 2014 a 2019, 2.929 gestantes foram notificadas com sífilis, sendo que, somente no ano passado, 1.242 pessoas foram notificada com sífilis adquirida e 534 com sífilis congênita, aquela transmitida de mãe para filho.

“Enfatizamos que o efetivo controle da sífilis depende, em grande medida, da disposição e vontade política de gestores para colocar em prática um movimento em prol da qualidade da atenção à gestante e suas parcerias sexuais durante o pré-natal, promover mobilização local para ampliação do acesso ao diagnóstico precoce da população, além de vencer obstáculos quanto ao tratamento oportuno da sífilis por meio da administração da Penicilina na Atenção Básica (AB)”, ressalta Luciana Sena Sousa, gerente de Atenção a Saúde.

O acesso ao material com conteúdo da campanha encontra-se disponível no site: https://sifilisnao.com.br. Os dados e boletim epidemiológico podem ser encontrados no endereço eletrônico: http://www.saude.pi.gov.br/.

Transmissão:

A sífilis é transmitida por meio das relações sexuais desprotegidas, sangue ou produtos sanguíneos (agulhas contaminadas ou transfusão com sangue não testado), da mãe para o filho em qualquer fase da gestação ou no momento do parto (sífilis congênita) e pela amamentação.

Sintomas:

Os sinais e sintomas da sífilis variam de acordo com o estágio da doença.

Tratamento:

O tratamento é feito com antibióticos e deve ser acompanhado com exames clínicos e laboratoriais para avaliar a evolução da doença e estendido aos parceiros sexuais. A sífilis é uma infecção curável, com tratamento relativamente simples, mas pegar uma vez não promove imunidade. Nas formas mais graves da doença, como na fase terciária, o não tratamento adequado pode levar à morte.

Prevenção:

O uso de preservativos (tanto femininos como masculinos) durante todas as relações sexuais (inclusive anais ou orais) é a maneira mais segura de prevenir a doença; o acompanhamento das gestantes e dos parceiros sexuais durante o pré-natal contribui para o controle da sífilis congênita.