Durante cinco dias de rodas de conversas, debates e construções de propostas em prol das mulheres indígenas dos 6 biomas brasilieiros, em Brasília, as representantes de mais de 130 povos indígenas que participaram da I Marcha das Mulheres Indígenas, em destaque a delegação piauiense que levou as etnias Akroá, Gamela, Gueguê de Sangue, Guajajara, Kariri, Tabajara Tapuio, Tabajara de Piripiri, Warao Venezuela, construíram propostas para dar visibilidade à mulher indígena e garantir a sobrevivência do seu povo, respeitando os costumes e tradições de cada aldeia.

O documento final da Marcha das Mulheres Indígenas foi produzido por várias mãos e resultou em conquista como assinatura do acordo de cooperação técnica entre o Ministério dos Povos Indígenas e o Ministério das Mulheres. Ele também representa o compromisso de ambas as partes no desenvolvimento de politicas públicas que visam à prevenção da violência contra as mulheres indígenas, que serão desenvolvidas, na prática, em parceria com as Secretarias de Mulheres dos territórios brasileiros. A aplicação desta parceria acontecerá nas Casa da Mulher Brasileira e o primeiro município a ter atendimento especializado para as mulheres indígenas será o município de Dourados, no Mato Grosso do Sul, e durante o evento foi anunciado que terá implementação desta política de Casas da Mulher Indígena por bioma (Caatinga, Mata Atlântica, Cerrado, Pampa, Pantanal e Amazônia).

No Piauí, as campanhas “Ei mermã, você não está sozinha” e “Ei mermã,não se cale!” estão sendo realizadas em todos os municípios, permitindo que as mulheres quilombolas, índigenas, rurais, urbanas ou PCDs tenham acesso ao atendimento 24h, com uma equipe psicossocial, no enfrentamento à violência doméstica, através do número 0800 000 1673.

Confira o documento:

DOCUMENTO FINAL DA MARCHA DAS MULHERES INDÍGENAS: “TERRITÓRIO: NOSSO CORPO, NOSSO ESPÍRITO”