Em tempos de pandemia, a juventude precisa encontrar meios de gerar renda, sobretudo quem está desempregado ou exerce atividades que envolvem a aglomeração de pessoas. A jovem Sayonara Alves se enquadra neste segundo exemplo. Ela tem licenciatura e bacharelado em Educação Física e, antes das medidas de isolamento e distanciamento social, costumava dar aulas de dança e outras atividades aeróbicas para grande número de alunos. Agora, ela trabalha mais como personal trainer e com vendas.

Sayonara já exercia a atividade de atendimento personalizado antes da pandemia. Ela trabalha como personal trainer há quatro anos e, atualmente, atende cerca de 20 clientes na casa deles. A diferença é que, agora, ela atende os clientes em domicílio, de modo a evitar que as pessoas saiam de casa para praticar atividades físicas.

“O cliente escolhe: duas, três ou cinco vezes por semana, uma hora de atividade. Eu levo todo o material higienizado e já deixo na casa do cliente e, se ele decidir, por conta do valor, fazer as atividades na minha casa, eu atendo também. Fazemos treinos bem variados com abdominais, em forma de ritmo, de mobilidade, de agilidade, de hipertrofia muscular, circuito funcional e assim por diante. O objetivo é que o aluno crie o gosto pela atividade física”, explicou a profissional.

Muitos desses clientes são pessoas que já faziam atividades coletivas com Sayonara, que é professora no Centro de Convivência do Parque Itararé. A maior parte de seus clientes são mulheres e ela trabalha com todas as faixas etárias.

 

Antes da pandemia, Sayonara dava aulas para um grande número de alunos.

Além desse trabalho, Sayonara vende produtos variados, que abrangem desde chás, roupas e acessórios masculinos e femininos a cachaças temperadas. Nesse tipo de atividade, ela trabalha com vários fornecedores. “Dos chás, sou consultora. Os outros produtos compro em lojas e revendo”, explicou Alves.

O diretor de Política para Inserção no Mundo do Trabalho da Coordenadoria de Estadual da Juventude (Cojuv), Venicio Moura, avalia que o cenário atual é muito complicado, especialmente para a juventude. “Durante esse período, o jovem tem de ter coragem e criatividade para enfrentar o desafio que a pandemia impõe à economia brasileira”, disse Moura.