O ano de 2021 chega ao seu terceiro mês e o Estado do Piauí mantém-se empenhado no enfrentamento à pandemia da Covid-19. Com o surgimento de novos casos, embora o governo estadual esteja aumentando a oferta de leitos para pacientes com a doença, a crescente dos números da doença é preocupante, conforme alertam as autoridades.
Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) disponíveis no Painel Covid-19, no dia 4 de março, o Piauí tinha uma ocupação de 68,37% dos leitos com respiradores de todo o estado, números preocupantes quando comparados ao surgimento de novos casos. Os leitos de UTI do estado apresentam uma ocupação de 83,1%, enquanto os leitos clínicos têm uma ocupação de 65,3%. Ao verificar a dinâmica de ocupação de leitos na capital do estado e no interior, é possível verificar que em Teresina os leitos de UTI chegam a uma ocupação de 85% e no interior do estado essa taxa está em 79%.
Em comparação ao dia 1º de março, o número de leitos clínicos disponível era de 638 unidades e passou para 681, no dia 4. No mesmo espaço de tempo, o número de internados clínicos saltou de 441 para 445. Nos quatro primeiros dias do mês, o Estado abriu mais 25 leitos de UTI – saindo de 325 para 350 – e 31 leitos de estabilização (passou de 90 para 121), enquanto o número de internados em UTIs foi de 259 para 291 e estabilizados de 18 para 31.
De acordo com as autoridades, os números elevados são reflexo do surgimento de novos casos porque parte da população não está mais respeitando as medidas preventivas tais como o uso de máscaras, lavagem correta e uso de álcool para higienizar as mãos, além do cumprimento do distanciamento social.
“A população precisa entender que existem alguns pontos que não podem ser deixados de lado. A vacina chegou, mas ainda não é suficiente para que todos sejam imunizados. Neste momento, e com os atuais números, precisamos reforçar as medidas preventivas. Cada um precisa entender que todos tem que fazer sua parte nessa batalha. Somente juntos conseguiremos vencer”, explica o secretario Florentino Neto.
O médico infectologista e diretor do Hospital Natan Portella, José Noronha, fala que a manutenção e o reforço das medidas preventivas são indispensáveis, neste momento, para que ocorra uma redução no número de novos casos. “Independente da variante do vírus que estamos enfrentando, a profilaxia (prevenção) continua sendo a forma mais efetiva de enfrentar esse vírus. É preciso respeitar o distanciamento social, utilizar correta da máscara, higienizar as mãos antes de levá-las ao rosto. São esses cuidados que vão ajudar a reduzirmos as taxas e evitarmos uma sobrecarga no nosso sistema de saúde”, aconselha.