Após uma reunião de avaliação foi realizado na última quinta-feira (7), na Comunidade Indígena Kolping de Nazaré, no município de Lagoa do São Francisco, o I Festival da Galinha Caipira, local de atuação do Programa de Geração de Emprego e Renda e do PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), executados pela SAF. O Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) é responsável pela assistência técnica e acompanhamento do projeto na comunidade. A execução dos programas é parte da estratégia do Pró Piauí através do Pró Social.
Participaram das atividades do Festival a diretora do Progere II, Janaína Mendes, a consultora em povos e comunidades tradicionais do PROGERE Rosymaura Duarte, a consultora em meio ambiente Ethyenne Morais, o Consultor em cadeias produtivas do PROGERE no Território dos Cocais. Erivaldo Rodrigues e a assessora jurídica Débora Amorim. O evento também teve apoio do Sindicato de Piripiri, da Associação Indígena da Comunidade Kolping, Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (APOINME), do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STTR) de Lagoa do São Francisco e Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Piripiri.
A diretora Janaína Mendes destaca que a maioria das beneficiárias diretas são mulheres, e que o Progere ll avalia como satisfatório o desenvolvimento do Programa que atinge o objetivo principal, a geração de emprego e renda dentro da comunidade. “Ficamos muito felizes com o desenvolvimento deste trabalho, essa comunidade indígena teve o projeto de quintais produtivos aprovado com ênfase na galinha caipira e, apesar de estar na segunda parcela de implantação já tem comercializado produtos junto ao PAA e no mercado local. O valor total com a vendas das galinhas chegou a R$ 35 mil reais, fora as vendas junto ao comércio local e famílias da região”. A diretora ressalta ainda que por medida de segurança a atividade foi realizada ao ar livre e com poucas pessoas, o que não tirou o brilho da comemoração. “Tivemos até momento para degustação e a oportunidade de conhecer um pouco mais da cultura indígena, assistindo a apresentação da Dança do Toré”, pontuou Janaína.
A agricultora Rita Lopes, uma das beneficiárias do Quintal Produtivo de galinhas caipira, afirma que além do projeto ajudar na renda da agricultura familiar a produção garante a qualidade do produto comercializado. “Além disso, a gente vende não só para nossa comunidades mas para as comunidades vizinhas. Estamos numa fase que temos galinhas para abate e iniciando com novos pintinhos”. Segundo a agricultora, um dos objetivos da realização do Festival, além de dar destaque para o projeto e o incentivo à comercialização foi uma forma de realizar a confraternização das 27 famílias, que apesar da Covid conseguiram comercializar produtos com apoio de entidades e do Governo do Estado por meio da SAF e Emater.
O presidente da comunidade de Kolping de Nazaré, cacique Henrique, entidade executora do PIP na comunidade, informa que estão em fase de terminação do primeiro lote de galinhas caipira. “Nas reuniões tivemos a ideia do festival para destacar a produção e a importância que tem a galinha caipira e quantos pratos podem ser feitos a partir da galinha. Os técnicos gostaram do projeto e assim começamos a nos organizar com o grupo para a realização do Festival, mas com todos os cuidados necessários por causa da Covid 19, como usos de máscaras, medição de temperatura e álcool gel. No total foram abatidos 72 unidades; os sindicatos e entidades locais nos deram apoio bem como o Compra Direta, assim o evento foi sucesso, e com ótimas vendas todos saíram satisfeitos. A realização do I Festival da Galinha Caipira foi uma forma de confraternização e de agradecimento ao governo, Banco Mundial e todos os parceiros pelo projeto na nossa comunidade.