Foto: André Oliveira

Os governadores do Nordeste trataram, nesta quinta-feira (24), em Brasília, sobre o vazamento de óleo nas praias do Nordeste, com o diretor presidente da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Décio Fabricio Oddone da Costa. O problema tem trazido prejuízos incalculáveis para o meio ambiente e para economia da região ao afetar a indústria do Turismo.

A vice-governadora Regina Sousa relata que o problema do vazamento de óleo é preocupante, sobretudo agora, com a aproximação do verão. “Além da questão econômica, trata-se também de um prejuízo ambiental imensurável e é preciso que o país esteja unido para esse problema de nível nacional”, afirmou Regina.

Para o governador da Bahia, Rui Costa, durante audiência com o presidente da ANP, foi tratado a respeito de investimentos. “Na última reunião do Consórcio, ficamos preocupados com a sequência de anúncios de saída de investimentos de campos de petróleo, leilões ou alienação de áreas produtivas que geram empregos e renda para os estados do Nordeste”, disse.

O governador também ressaltou que buscou ajuda da ANP no sentido de dar apoio técnico especializado para auxiliar no trabalho de contenção e proteção das áreas mais afetadas e sensíveis. “É um problema que tem nos inquietado, pois não dá para ficar retirando óleo da areia sem saber quando e onde vai chegar. Saímos daqui angustiados sem resposta efetiva de como vamos poder ajudar e fazer com que o meio ambiente seja recuperado o mais rápido possível”, declara Rui Costa.

O governador da Paraíba, João Azevedo ressaltou que o desastre ambiental é um dos maiores do país. “A Paraíba, ao longo de seu litoral, é marcado por áreas de corais e arrecifes e caso ocorra a chegada de óleo numa hora de maré baixa, efetivamente, isso tudo vai prejudicado de forma efetiva”, relata o governador paraibano, declarando que o litoral nordestino está associado ao turismo e não é possível admitir que o único caminho que resta seja limpar praia. “Se não temos competência e nem tecnologia nacional, temos que fazer apelo internacional para buscar uma solução, pois não é possível ficar passivo e ficar esperando”, disse João Azevedo, declarando que a economia começou a sofrer com esse desastre ambiental, pois voos e reservas em hotéis foram cancelados.

O diretor presidente da ANP, Décio Fabricio Oddone da Costa, relatou aos governadores do Nordeste os esforços coordenados pela Marinha, Ibama e ANP. “Entendemos tratar-se de algo que requer máxima dedicação para que as causas do acidente sejam identificadas”, relata.