O governador do Piauí, Wellington Dias, participou, nesta quinta-feira (02), de reunião com o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, a pedido dos governadores, na residência oficial do Senado, em Brasília. No encontro, foram abordados temas como combate à pandemia, vacinação, recursos para os estados, retomada da economia, redução dos preços dos alimentos, energia e combustível e defesa da democracia.

De acordo com o chefe do Executivo piauiense, um dos pontos abordados na reunião foi a estratégia para ampliar a vacinação no Brasil, com o apoio do Ministério da Saúde e da Anvisa para manter a regularidade de produção de vacinas pelos laboratórios.

“Tratamos das vacinas e a estratégia para garantirmos o controle do coronavírus no Brasil, bem como a preocupação de atingirmos a meta em outubro, assim, buscamos o apoio do Ministério da Saúde e Anvisa para que a Fiocruz, que já está produzindo IFA no Brasil, possa ter autonomia para podermos usar a Astrazeneca e com isso, garantir uma regularidade de recebimento de vacinas, com até 30 milhões de doses por mês, do mesmo modo com o Butantan e União Química. garantir, portanto, que possamos chegar a dezembro já com o controle do coronavírus”, afirmou Wellington Dias.

Outro ponto discutido foi a inflação e a tentativa de frear o aumento constante dos preços da cesta básica, combustível e da energia. “No aspecto social e econômico, uma preocupação manifestada é que precisamos dialogar com o Congresso Nacional, Poderes, setor público e setor privado para tratar da inflação. Afinal, é preciso ter medidas para não termos a perda do controle sobre os preços”, ressaltou o governador.

A respeito da capacidade de investimentos no país, Dias destacou o relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que apontou que o PIB brasileiro teve a pior variação no 2º trimestre, bem como a importância da democracia e do diálogo para criar um ambiente de segurança e atrair mais investidores.

“Saiu agora o relatório da OCDE entre os países de economia mais forte, o Brasil foi o único que o PIB caiu, ou seja, a economia ainda em uma situação muito delicada no último trimestre. Aqui, há a necessidade de o poder público liderar um processo de investimentos, criar um ambiente favorável, por isso que vem, na outra ponta, a democracia, o diálogo, independente das divergências, criar um ambiente favorável a encorajar os investidores e garantir maior previsibilidade e maior segurança”, disse o gestor piauiense.

Rodrigo Pacheco reiterou a importância da união entre os poderes e colocou a democracia como inegociável. A proposta dos governadores foi muito bem recebida pelo Congresso.

“É muito importante que estejamos unidos, respeitando as divergências, na busca de consensos, na busca de convergências, mas com um aspecto que é para todos nós inegociável: não se negocia a democracia. A preservação da democracia é o que criará o ambiente propício para a evolução do país, construindo uma sociedade mais justa e mais igual”, declarou o presidente do Senado.

AGENDA COM PRESIDENTE DA CÂMARA

Wellington Dias afirmou que os governadores marcarão uma agenda com o presidente Arthur Lira, posteriormente com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, e continuarão tentando uma agenda com o presidente da República, Jair Bolsonaro.

“O Senado tem sua pauta e vamos trabalhar para ter uma agenda com o presidente Arthur Lira pela Câmara, com o presidente Luiz Fux pelo Supremo e com o presidente Jair Bolsonaro pelo Executivo. Da parte dos governadores, estamos compreendendo que o diálogo é fundamental para o Brasil sobre aquilo que é de interesse maior do nosso povo”, confirmou Dias.