O Fórum Nacional dos Governadores realizou, nessa quarta-feira (4), uma videoconferência com Jarbas Barbosa, diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e da oficina regional para as Américas da Organização Mundial da Saúde (OMS), para tratar sobre atualização, mutações e vacinas para a Covid-19.
De acordo com o representante da OMS, no mundo há 10 vacinas que estão sendo acompanhadas e todas estão na terceira fase de testes e a expectativa é que no primeiro trimestre de 2021 essas vacinas sejam validadas pelos órgãos competentes dos países.
O governador Wellington Dias destacou que a Opas e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) são responsáveis pela compra dessas vacinas por meio de um consórcio de países, no qual o Brasil é signatário e estão lançando nos próximos dias um edital para comprar 2 bilhões de unidades de vacina como uma primeira etapa.
“O Brasil, a partir de compras como essa, já é beneficiário e é possível que tenhamos, no fim deste ano para o começo do próximo, novidades sobre as vacinas que estão sendo testadas no Brasil. A exemplo da AstraZeneca, que é de Oxford, no Reino Unido, que está bem avançada e a Sinovac, que é da China, que já anunciou que vai pedir para ter uma pré-qualificação pela OMS e que tem a vantagem de que qualquer um dos países podem aderir à compra. Normalmente esta compra é feita pelos países e não pelos estados”, disse o governador.
Wellington enfatizou que “há uma sistemática de compra que facilita por não precisar enfrentar toda a burocracia dos países e o Brasil já tem todo o regramento nessa direção para armazenagem de vacinas, equipamentos de proteção individual, assim como realizado os testes”, comentou Dias.
No Brasil, a Anvisa é a responsável pela validação da vacina. “Ela exige tanto a segurança como a eficácia. Precisa ter um relatório publicado, avaliação dos riscos e eles estão trabalhando de uma forma célere para acompanhar todas as fases. No primeiro trimestre de 2021 teremos vacina e o Brasil deve colocar o Plano Nacional de Vacinação à primeira que ficar pronta”, almeja Wellington.
De acordo com o governador piauiense, as informações prestadas pelo representante brasileiro da OMS foram positivas no qual o mesmo destaca estudos que apontam que a situação da América do Sul é diferente da Europa, onde apenas 15% da população havia sido infectada e que agora há uma nova onde de infecção pois, 85 % da população não foi infectada e que começam a ir às ruas por conta do verão.
“Tivemos uma estabilização em um patamar elevado com a redução de óbitos. No caso específico do Piauí,estamos dentro dessa mesma lógica”, comentou Dias.
Sobre a mutação do coronavírus, o gestor enfatizou a informação repassada por Jarbas Barbosa de que as mutações que estão acontecendo não alteram a forma de agir do novo coronavírus, por isso as orientações são a mesmas, sobre o uso de máscaras e distanciamento social e os protocolos já realizados.
“Está havendo mutações, porém não altera o perigo nem os cuidados que devemos ter. Em relação à reinfecção, são casos raros, e ainda não há evidência em um grau elevado de problema”, comentou Wellington.