O Governo do Estado do Piauí, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), está elaborando um plano de logística para a vacinação contra a Covid-19. Diversos setores da secretaria estão envolvidos na estratégia que pretende ser iniciada ainda no primeiro semestre de 2021, a depender da liberação da vacina.
“Esse processo de imunização vai demandar uma grande estrutura da Sesapi, por isso estamos nos planejando com antecedência para que possamos realizar com êxito todo o processo de imunização conta a Covid-19. Esse é um planejamento que requer muito cuidado e demandará um esforço ainda maior de todos os setores da secretaria”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto.
O planejamento já está sendo estudado, há mais de 40 dias, em parceria com o Ministério da Saúde, pelos setores que vão da Atenção Básica, Alta Complexidade em Saúde, Vigilância Sanitária e Comunicação; como explica a diretora de Vigilância e Atenção em Saúde da Sesapi, Cristiane Moura Fé.
“Todo o procedimento de distribuição e organização da rede ficará a cargo da Coordenação de Imunização da Sesapi, por meio das 11 Regionais de Saúde. Por isso estamos fazendo um levantamento de nossa capacidade instalada, para podermos fazer essa megaoperação a contento, já que teremos uma demanda diferente das demais vacinações, onde chamamos à população e desta vez será ela que virá nos acionar para que seja vacinada. Por isso a mobilização de todos os setores”, destacou a diretora.
Segundo o plano, que ainda está em elaboração, os grupos prioritários na primeira fase de vacinação, seriam os idosos acima de 80 anos, pessoas com comorbidades e profissionais da saúde. A Sesapi junto com os municípios farão um trabalho de busca a esse público.
“No primeiro momento, infelizmente, não teremos vacina para toda a população do estado. Dessa forma, as pessoas serão estratificadas em grupos prioritários, e esse trabalho a Sesapi fará em consonância com os municípios, para que tenhamos celeridade no cumprimento desta missão. A expectativa do Ministério da Saúde é que no primeiro semestre de 2021 se vacine os grupos prioritários, que corresponde a mais ou menos 50% da população, e no segundo semestre os demais”, destaca Cristiane Moura Fé.
Entre as estratégias que estão sendo montadas pela Sesapi está a preparação da rede de distribuição de imunobiológicos e a operacionalização das salas de vacinas nos municípios. Atualmente, não há vacinas disponíveis contra a Covid-19. No Brasil, receberam autorização para experimentos de larga escala as vacinas desenvolvidas pelos laboratórios AstraZeneca/Oxford, Sinovac, Janssen e Pfizer/Biontech/Fosun Pharma.
“Temos uma perspectiva, por enquanto, de três tipos de vacinas a serem disponibilizadas a esses grupos. Duas delas, teremos que administrá-la em duas doses, que é algo diferenciado e precisará de uma logística especial em dois momentos. Por isso estamos iniciando esta preparação para que no momento em que as vacinas sejam liberadas, nossa rede esteja toda estruturada para suprir a demanda”, enfatiza a diretora de Vigilância e Atenção em Saúde da Sesapi.