O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF), iniciou, nesse sábado (15), a distribuição de mudas de caju anão precoce aos agricultores familiares em municípios dos Territórios Vale do Guaribas, Vale do Itaim, Vale do Sambito e Vale do Canindé. As primeiras entregas foram no município de Santa Rosa e no Povoado Morro Redondo, em Oeiras.

Para a safra agrícola 2019/2020, serão distribuídas 200.000 mudas de caju anão precoce. Serão atendidos municípios desses territórios, pois possuem maior vocação ao cultivo do caju e o público atendido são os agricultores familiares beneficiados com programas e ações como o Projeto Viva o Semiárido (PVSA), Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), Garantia Safra, Crédito Fundiário, com Declaração de Aptidão Ativa (DAP) e garantia de acompanhamento técnico. O limite é de até 200 mudas por família.

O secretário de Estado da Agricultura Familiar, Hérbert Buenos Aires, relembrou as perdas de caju no ano passado, que em muitos casos chegaram a 50% ou mais e que, mesmo com as dificuldades financeiras, o governador Wellington Dias foi sensível para a necessidade da aquisição das mudas. “Tivemos um percentual muito grande de perdas de áreas plantadas de caju. Com o apoio do deputado estadual Francisco Limma e do deputado federal Assis Carvalho, o governador se sensibilizou com a situação e autorizou a aquisição das mudas, reconhecendo a importância do caju para a renda dos agricultores familiares e para o Piauí”, destacou o gestor.

Buenos Aires também destacou que é uma necessidade a agricultura familiar se voltar mais para o mercado e ressaltou os importantes programas voltados para o agricultor, como o Projeto Viva o Semiárido, executado pela Secretaria da Agricultura Familiar com o apoio do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), que entra na comunidade dando apoio à produção, assistência técnica, conhecimento e oportunidades para as famílias beneficiárias.

O representante da Frente Parlamentar da Agricultura Familiar da Assembleia Legislativa do Piauí, Francisco Limma, ressaltou que a produção e venda são importantes e que todos devem se voltar também para outras questões, como a do transporte da mercadoria e beneficiamento. “Só produzir o caju e a castanha não é suficiente para poder valorizar outros produtos, não só o caju, mas a mandioca e outros. Você tem que beneficiar esta produção e não adianta só vender a castanha. Estamos tratando com a Secretaria da Agricultura, por exemplo, o projeto do kit cajuína, com aquisição de alguns equipamentos e que num local mais simples poderá começar a estimular a produção de cajuína que a caixa atualmente custa em média 35 reais”, comentou o deputado.

Limma também citou o projeto da Ambev, que é a maior fabricante de cerveja no mundo e está interessada em produzir aqui uma cerveja a base de caju, “o que será uma grande incentivo para geração de emprego e renda para o agricultor familiar”.

Nesta primeira etapa estão sendo distribuídas 10.000 mudas em Oeiras; 28.000 mudas no Vale do Canindé; 3.000 em Santa Rosa; 3.000 em Colônia do Piauí; 3.000 em Santo Inácio; 2.000 em São Francisco de Assis; e 3.000 em São João da Varjota.

Os locais de recebimento das autorizações serão os Escritórios Regionais do Emater e Unidades Regionais do Projeto Viva o Semiárido, responsáveis pela prestação de contas junto à SAF e onde as instituições recebedoras prestarão conta. Nos municípios, será criada uma comissão formada pelos escritórios locais do Emater, Secretarias Municipais de Agricultura, Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Representação dos Colegiados Territoriais com atuação nos municípios, para acompanhar todo o trabalho de distribuição.