Com base em avaliação do momento de pandemia em que vivemos, o Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Estado do Piauí (Iaspi) estuda a possibilidade de, a partir de 31 de agosto, avançar com a flexibilização de mais cirurgias eletivas pelo Plamta. Esse tipo de procedimento, embora não esteja totalmente suspenso, passa por um processo de contingenciamento, necessário neste momento, para assegurar o atendimento da Covid-19 nos hospitais da rede credenciada.

Atualmente, cirurgias de urgências, cirurgias oncológicas e demais tratamentos cuja indicação médica exige brevidade, tendo em vista o risco de sequelas, a incapacidade gerada para o paciente, com justificativa por parte do médico, todas estão sendo avaliadas e válidas dentro do Plamta. Também as cirurgias oftalmológicas, tendo em vista que são realizadas em clínicas especializadas, não ocupando leitos de internação para tratamento da Covid-19.

“A rede hospitalar viveu momentos críticos, alguns dias de esgotamento mas, felizmente, nenhum segurado do Plamta deixou de ser internado ou de ser atendido por falta de vaga, embora com uma demanda grande que tivemos na última semana de maio  até a primeiras quinzena de junho”, explica Daniele Aita, diretora-geral do Iaspi.

Segundo ela, o instituto está preparado para retomar, dar continuidade à liberação de mais cirurgias e em breve, certamente, deverá flexibilizar mais cirurgias, respeitando o prazo de 21 dias úteis previsto na Agência Nacional de Saúde (ANS), cirurgias cuja indicação médica esclarece e convence auditoria médica da necessidade de sua brevidade.

Atendimento

As demais cirurgias, o Plamta está recebendo, diariamente, das 7h às 13h30, a solicitação/pedido médico e cumprindo o prazo de liberação dado pela ANS, que é de 21 dias úteis. O paciente deixa no instituto o pedido médico que vai para análise da auditoria, com os exames, e deve aguardar 21 dias úteis para ter um retorno desse procedimento, se foi autorizado ou não.

Dessa forma, as cirurgias eletivas não estão totalmente suspensas, mas passam por avaliação. Algumas cirurgias de grande porte requerem a reserva de leitos de UTI, daí porque o cuidado da gestão neste momento em manter essa reserva de leitos para tratamento da Covid-19. Os próprios auditores da Junta Médica do Iaspi, em sua maioria do grupo de risco, estão atendendo de forma remota, trabalhando em sistema de home office.

“Não sabemos se com a reabertura do comércio haverá um novo risco de esgotamento da rede hospitalar, tendo em vista que é natural a subida de número de casos nessa situação, mas sabemos que vamos ter de conviver com essa doença, de forma endêmica, ainda por algum tempo, os casos vão continuar até que surja uma vacina eficaz e haja cobertura vacinal adequada. Mas acredito que, em até mais um mês, vamos conseguir retomar a rotina dada e sempre feita de liberação de procedimentos do Plamta. Até lá, é aguardar o prazo de 21 dias úteis e manter as medidas de segurança, evitar aglomeração e tentar evitar lotar a rede hospitalar”, enfatiza Daniele Aita.