O Piauí foi destaque na imprensa internacional pelo trabalho que vem realizando há 100 dias no enfrentamento ao novo coronavírus. O site da revista científica norte-americana Foreign Affairs destacou as ações do Programa Busca Ativa, iniciativa que procura identificar casos da Covid-19 ainda não registrados, permitindo um acompanhamento e tratamento imediato de cada caso.
Com o programa, é possível adotar os cuidados necessários em relação a pacientes assintomáticos e evitar uma maior taxa de transmissibilidade da doença.
A gerente de atenção primária da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), Dilia Falcão, ressalta que o Estado do Piauí é pioneiro nesta ação. “O Busca Ativa vai atrás da pessoa que está com a Covid-19, principalmente aqueles pacientes assintomáticos. Nosso propósito é colocá-lo em quarentena para evitar o contato e transmissão para outras pessoas. O programa trabalha em parceria com órgãos de saúde dos municípios e o Programa Saúde da Família (PSF). Estamos hoje em 205 cidades do Piauí atuando no combate ao coronavírus e pretendemos avançar”, disse a gerente.
Dilia enfatizou, ainda, que, com o Busca Ativa fica mais fácil a recuperação dos pacientes. “Quanto mais cedo diagnosticados e acompanhados, maiores são as chances de recuperação dos pacientes”, disse Falcão.
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O estado do nordeste do Piauí, no Brasil, respondeu ao novo coronavírus com uma operação notavelmente eficiente. Em mais de 190 cidades, os profissionais de saúde que fazem parte do programa “Busca Ativa” do Piauí usam um aplicativo e telefonemas para monitorar os sintomas de pacientes suspeitos e confirmados da Covid-19 em suas casas e, em seguida, fazem visitas à casa para verificar os níveis de oxigênio e testar membros da família. Embora vários hospitais públicos em dois estados vizinhos tenham atingido a capacidade total de UTI nas últimas semanas, cerca de 35% dos leitos equipados com respiradores do Piauí em hospitais públicos estavam disponíveis na última terça-feira.
A resposta do Piauí deve sua força a do sistema público de saúde universal do Brasil, chamado SUS (Sistema Único de Saúde). O SUS pertence a todo o país, mas apenas algumas cidades e estados o mobilizaram efetivamente durante a pandemia. Os vastos diferenciais em todo o Brasil mostram que apenas um sistema de saúde pública não é suficiente. O sucesso desse sistema depende de uma boa administração – algo que o país carece profundamente.
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