O Governo do Piauí, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura Familiar (SAF), investe na implantação de sistemas de geração de energia com módulos fotovoltaicos. Diversos municípios piauienses já produzem energia renovável e reduzem os custos de produção de agricultores familiares.

Os principais investimentos são por meio do Projeto Viva o Semiárido (PVSA) e do Programa de Geração de Emprego e Renda no Meio Rural (Progere II). No total, já foi investido 1.443.623,95 em 18 projetos, beneficiando mais de 1.980 famílias.

De acordo com o superintendente de Desenvolvimento Rural da SAF e coordenador do Projeto Viva o Semiárido no Piauí, Francisco das Chagas Ribeiro, os resultados são mais que satisfatórios, principalmente nas unidades de processamento.

“A SAF tem apoiado a implantação de energia fotovoltaica, junto a agricultores familiares. Os resultados iniciais, principalmente nas agroindústrias, são extraordinários. As maiores cooperativas reduziram e até zeraram a conta de energia, nas unidades de processamento, engarrafamento de mel, castanhas e outros produtos da agricultura familiar, graças a essa tecnologia. Nós estamos satisfeitos com esses resultados e queremos continuar fazendo a implantação desses kits”, disse o superintendente.

 

 

Entre as cooperativas e associações beneficiadas com os projetos de energia solar estão a Central de Cooperativas Apícolas do Semiárido Brasileiro (Casa Apis), a Cooperativa Mista de Apicultores da Microrregião de Simplício Mendes (Comapi) e a Central de Cooperativas de Cajucultores do Estado do Piauí (Cocajupi).

Jocibel Belchior, diretor presidente da Cooperativa de Cajucultores do Piauí, destacou a vantagem da instalação das placas solares, principalmente no que diz respeito à redução de custos de produção. “Nossa cooperativa foi contemplada com o projeto de energia solar, onde recebemos três kits, que estão instalados nas nossas cooperativas. Foi um grande benefício que recebemos por meio do Projeto Viva o Semiárido, onde estamos tendo uma economia de energia em torno de 80% do valor que a gente vinha pagando, e hoje baixamos os custos na utilização das máquinas como caldeiras e estufas. Só temos a agradecer à SAF, por meio do Projeto Viva o Semiárido, e dizer que vale a pena o investimento nos projetos de energia solar”, ressaltou o diretor.

Os benefícios da energia solar vão além da redução de custos na produção, impacta diretamente no meio ambiente, como destaca o diretor-geral da Casa Apis, Antônio Leopoldino Dantas.  “Esse projeto é muito relevante  para a nossa cooperativa, pois além de ter trazido melhores condições,  baixo custo e maior eficiência energética para nossos sistemas, também contribuiu para a redução de 42 toneladas de CO2 na atmosfera”, ressaltou o diretor.

 

A previsão para este ano é a implantação de 910 módulos para bombeamento de água para quem tem subsídio de energia para irrigação. O recurso no valor de R$ 11. 514.190 será financiando pelo Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Fecop).