A Assessoria de Comunicação da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) entrevistou a egressa do curso de Enfermagem e da primeira turma de especialização em Estomaterapia, Josiane Santos, sobre a campanha do Janeiro Roxo que visa à conscientização acerca da hanseníase.
A profissional da área de saúde ressalta sobre o diagnóstico, tratamento e cura dessa doença que é considerada a enfermidade mais antiga da humanidade. No entanto, a doença ainda representa um problema de saúde pública no Brasil, tendo 30 mil novos casos a cada ano.
O que a campanha do Janeiro Roxo realiza?
Essa campanha surgiu na necessidade de conscientizar a população sobre a hanseníase, desde os sinais e sintomas, como diagnóstico e tratamento, visto que o Brasil é o 2° país com maior número de casos. A cor roxa ficou consolidada para otimizar as campanhas educativas. Durante todo o mês são realizadas ações para conscientização e levar informações sobre a hanseníase, no objetivo de diagnosticar a doença precocemente e prevenir o aumento de casos.
O que é a Hanseníase?
É uma doença infecciosa e contagiosa, que causa manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na pele. A hanseníase é causada por um bacilo chamado Mycobacterium leprae que é transmitido de pessoas doentes sem tratamento para pessoas saudáveis, pelas vias aéreas superiores (tosse, espirro e fala).
Quais são as pessoas mais afetadas?
Os estudos mostram que as pessoas mais afetadas são do sexo masculino, devido a menor frequência de procura ao serviço de saúde de forma preventiva, e um outro fator é a classe social, apresentando maior número de casos em pessoas das classes sociais mais baixas, devido às condições socioeconômicas desfavoráveis, o que facilita a contaminação e propagação do bacilo.
Quais os métodos de prevenção e tratamento da doença?
Hábitos saudáveis, boa alimentação, condições de higiene contribuem para dificultar o adoecimento pela hanseníase. A melhor forma de prevenção é o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, assim como o exame clínico e a indicação de vacina BCG para melhorar a resposta imunológica dos contatos do paciente. O tratamento é gratuito, fornecido pelo SUS, eficaz e cura. Realizado pelo uso oral de medicamentos que podem ser utilizados por 6 meses ou 12 meses. Geralmente, são empregadas diferentes doses de antibióticos. É válido lembrar que após a primeira dose da medicação, não há mais risco de transmissão durante o tratamento e o paciente pode conviver em meio à sociedade.