O Ministério da Saúde divulgou para estados e municípios uma nota técnica contendo informações e recomendações para as autoridades em saúde no que diz respeito à vigilância epidemiológica da influenza no Brasil. A nota leva em conta o atual cenário do País, que vem enfrentando a pandemia de Covid-19 e também registra a circulação do vírus da influenza. Além de apresentar informações sobre o comportamento do vírus, destacando sua sazonalidade, a nota aponta ainda os sinais e sintomas que devem ser considerados pelos gestores para a testagem e identificação do vírus.

De acordo com a nota, a gripe ou influenza sazonal, inicia-se em geral com febre alta, seguida de dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça, coriza e tosse. A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três dias. Os sinais e sintomas respiratórios tornam-se mais evidentes com a progressão da doença. Verifica-se maior gravidade em idosos, crianças, pessoas com comprometimento imunológico, cardiopatias, pneumopatias, dentre outras doenças de base. Alguns casos podem evoluir para formas graves, como pneumonia, necessitando de internação hospitalar – e óbito, decorrente da infecção viral ou ocasionada por infecção secundária.

A nota destaca ainda que todos os casos de síndrome gripal necessitam ser notificados no sistema e-SUS Notifica. No entanto, é reiterado que os laboratórios devem manter a rotina de vigilância garantindo um número de amostras coletadas semanalmente. As unidades sentinelas são indicadas a realizar a coleta e registro no SIVEP-Gripe de 5 amostras semanais, com o objetivo de manter o monitoramento da influenza e de outros vírus que possam estar circulando no pais.

O documento traz também que a atenção primária a saúde deve ser a porta de entrada da população para o acesso nos serviço de saúde. A atenção primária deve trabalhar ações que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento e a reabilitação.

É fundamental que os profissionais realizem de modo oportuno a identificação dos casos suspeitos de SG no contexto da vigilância da Influenza e da covid-19, bem como avaliação, cuidado, tratamento e acompanhamento dos indivíduos com SG.

O destaque vem ainda para a vigilância de casos que possam vir a apresentar a necessidade de encaminhamento para hospitais de referência.

Entre as formas de diagnóstico, a nota técnica chama a atenção para três: RT-PCR em tempo real, Teste Antigênico (Imunofluorescência) e teste rápido de influenza. Considerando, que eventualmente, nas redes privadas (hospitais) podem ocorrer o uso de testes rápidos para triagem de casos suspeitos para influenza, orienta-se a coleta de amostra para RT-PCR, dos casos hospitalizados e/ou óbitos suspeitos para influenza, dentro dos fluxos do serviço de vigilância da influenza, e encaminhamento para o respectivo LACEN.

A vacinação é apresentada como a melhor forma de prevenção, e a aplicação de medicamentos referenciados, de acordo com as orientações médicas é a melhor forma de tratamento.

Solicita-se que os gestores da rede de vigilância epidemiológica da Covid-19, influenza e outros vírus respiratórios, nas unidades federadas e municípios organizem os fluxos dos serviços de saúde, para assistência e tratamento oportuno dos casos suspeitos de influenza, independente de espera de resultado do diagnóstico. Informando ainda que as equipes de vigilância epidemiológica e laboratorial da Covid-19, influenza e outros vírus respiratórios do Ministério da Saúde estão monitorando os casos de influenza, junto a rede vigilância do país, orientando as medidas preventivas e de controle e também desenvolvendo videoconferências e reuniões quando necessário.

 

Fonte: Ascom Sesapi