A experiência exitosa do saneamento rural promovido pelo Governo do Piauí na região de Picos, por meio do Sistema Integrado de Saneamento Rural (Sisar), foi apresentada durante o X Seminário de Gestão dos Sisars e Centrais, realizado de terça (5) a quinta-feira (7), em Salvador (BA). Ao fim do evento, Teresina foi escolhida como a próxima sede do seminário, em 2020.

O diretor-geral do Instituto de Águas e Esgotos do Piauí (Iaepi), Luiz Claudio Macedo, foi o responsável pela exposição e destacou o planejamento do Estado e os resultados obtidos que ressaltam a potencialidade do modelo. “Para o saneamento rural é preciso buscar alternativas que proporcionem a viabilidade dos sistemas nos seus contextos específicos. Diante disso, a promoção da gestão comunitária, oferecendo as condições iniciais para a exequibilidade técnica, possibilita não apenas a redução dos custos como a acessibilidade da gestão entre os partícipes do próprio sistema”, observa o gestor.

O Sisar é uma organização sem fins lucrativos formada pelas associações comunitárias que, após investimento inicial do governo em parceria com outras instituições para estruturação do sistema, assumem a gestão compartilhada e a responsabilidade de manutenção, otimização e ampliação da estrutura dos sistemas, insumos e capacitação social.

Possuindo mais de 12 mil ligações de abastecimento de água e quase 3.500 ligações de esgotamento sanitário em comunidades rurais e sedes municipais, o Sisar Picos foi criado em 2005 e hoje atende 52 comunidades no semiárido piauiense com água tratada 24 horas, e a instrumentalização de serviços de limpeza de poços e fossas, oferecendo melhor qualidade vida a uma população de quase 50 mil piauienses.

Luiz Claudio apresenta o programa piauiense em painel sobre os aspectos legais, planejamento e fiscalização do modelo

Segundo Luiz Claudio, o modelo é autossustentável e pode ser implementado em diferentes localidades. “Após a viabilização da estrutura inicial e provimento da gestão comunitária, o Estado fica responsável pelo acompanhamento do gerenciamento desses sistemas. O Sisar supre demandas gerenciais e comunitárias, evitando o sucateamento prematuro dos sistemas e realizando, por exemplo, da ampliação da rede e manutenção em equipamentos a atividades socioeducativas”, explica o diretor.

Com o sucesso do programa em Picos, em 2018 foi criado o Sisar Meio Norte, voltado para a zona rural de Teresina e região, no momento em processo de organização. “E o planejamento do Estado para a área insere estudos para análise da criação do terceiro Sisar, nos cerrados, em 2020”, destaca o diretor-geral do Iaepi.

 

Representantes do Instituto de Águas participaram do X Seminário dos Sisars e Centrais