As transformações que vêm acontecendo no campo social e tecnológico nos últimos anos afetam diretamente a educação brasileira. Os estudantes do Ensino Médio têm vivenciado o impacto nesse contexto por terem a necessidade de decidir que caminhos seguir na transição entre a educação básica e a superior. Iniciado em 2017, as mudanças do Ensino Médio (EM), em todo o país, têm como objetivo apresentar uma proposta que atenda aos anseios da juventude na efetiva construção dos seus projetos de vida e na promoção do protagonismo juvenil.
Com o advento da Lei nº 13.415/2017, que alterou a LDB, ficou estabelecida a mudança na estrutura do ensino médio e ampliação do tempo mínimo do estudante na escola (de 800 horas para 1000 horas anuais) e definindo uma nova organização curricular, mais flexível, que contemple uma Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e a oferta de diferentes possibilidades de escolhas aos estudantes, os itinerários formativos, com foco nas áreas de conhecimento e na formação técnica e profissional. As mudanças têm prazo para serem implementadas até o ano de 2022.
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“Iniciamos um intenso trabalho no Piauí com várias frentes de trabalho, com a participação de técnicos e professores na construção de um documento base. Essa ação iniciou em 2019 com a escrita e, de lá para cá, estamos empenhados em diagnosticar, analisar e construir esse novo momento da educação brasileira. O Novo Ensino Médio nem é tão novo, pois no estado temos o trabalho desenvolvido há algum tempo, por meio da equipe e um exemplo é a ampliação da oferta de escolas de tempo integral onde o aluno é preparado integralmente como ser social e com poder de decisão para que protagonize sua vida”, explicou a coordenadora de etapa do Novo EM no Piauí, Elenice Nery.
Esse contexto de mudança acontece em todos os estados brasileiros e dados do Anuário Brasileiro da educação Básica 2020 mostram números importantes. São mais de oito milhões de jovens, de 15 a 17 anos, matriculados nessa etapa de ensino e somente no Piauí esse número é de 103.040 (1º, 2º e 3º ano), sendo que deste número, 25,3% ou 28.897 estão matriculados no ensino médio integral.
“Essa nova proposta de escola de Ensino Médio pretende reestruturar a oferta da etapa no Brasil, buscando tornar as escolas mais atrativas para os jovens e avançar nos índices de aprendizagem dos alunos. Tudo isso vem sendo pensado para que tenhamos uma estrutura sólida, tanto pedagógica como estrutural, com uma mudança que envolve todos os profissionais da educação, pública e privada”, disse Elenice.