O Governo do Piauí adotará um índice para acompanhar o desenvolvimento regional do Estado. O Índice de Desenvolvimento Territorial (IDT) é o novo instrumento de avaliação e planejamento, que foi apresentado, nesta segunda-feira (5), em solenidade no Palácio de Karnak. Na oportunidade também foi lançada a DataCepro, plataforma na qual serão disponibilizados dados estatísticos e estudos referentes ao Piauí, inclusive o IDT.

As duas ferramentas foram desenvolvidas pela Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan). A criação do IDT se deu por meio de parceria do governo estadual com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), levando em conta os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

Segundo a secretária de Estado do Planejamento, Rejane Tavares, o IDT é um instrumento semelhante ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e vai permitir que o Estado mensure os dados de cada um dos 12 Territórios de Desenvolvimento do Piauí, a partir de 32 indicadores comuns a todos os municípios. “A importância é que, a partir do momento que temos esse índice sendo aferido a cada dois anos, isso vai permitir ao Estado ver onde estão os problemas para o desenvolvimento de cada um dos territórios. Em exemplo: nos territórios em que os índices da educação apresentam um baixo desenvolvimento, o Estado poderá desenvolver políticas públicas específicas para melhorar a educação nessas regiões. A mesma coisa referente à geração de renda, saúde, assistência social, níveis de pobreza, etc.”, explica a gestora.

Rejane Tavares destaca ainda que a cada elaboração do Plano Plurianual (PPA) e nas revisões de PPA, as políticas públicas poderão ser ajustadas para resolver os problemas identificados. Além disso, a gestora fala que, a partir do IDT, a gestão vai poder perceber qual a contribuição do Estado para cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

A governadora Regina Sousa destacou a importância das novas ferramentas para balizar o trabalho do Estado na elaboração das políticas públicas e no planejamento das ações. Segundo ela, o DataCepro é um sistema em construção e vai permitir que se tenha dados unificados para executar políticas em rede. Isso porque, segundo a chefe do Executivo estadual, muitas políticas só podem ser executadas de forma conjunta, articulada e que, tanto o Brasil como o Piauí, ainda precisam alcançar muitas metas de programas como os ODSs.

“São dados confeccionados por grupos de estudo com técnicos competentes que vão servir de base e nos permitir colocar questões, como a pobreza, no centro das discussões e como prioridade quando se fala em políticas a serem desenvolvidas. Porque enquanto não resolvermos a questão da pobreza não poderemos avançar em outras questões, como saúde e educação”, ressaltou a gestora.

DataCepro

A plataforma DataCepro apresenta 1.528 séries, divididas em seis temas: geografia, população, economia, sociedade, política e finanças públicas e, dependendo da natureza da informação, os dados podem ser estratificados em nível de estado, município ou território. Na composição atual do banco de dados, todas as informações disponibilizadas são oriundas de bases públicas, sendo as principais fontes o IBGE, Ipea, Inep e Tesouro Nacional, ou seja, são dados secundários de pesquisas oficiais com suas respectivas periodicidades, temporalidades e disponibilidades.

O DataCepro oferece informações organizadas em dados tabulados, gráficos e mapas, além de fornecer estudos com análises sobre diversas temáticas relevantes. Nesse contexto, os analistas da Seplan realizam todo o trabalho de coletar e organizar dados de diferentes bases, enquanto o usuário tem acesso a essas informações, de forma simples e rápida, concentrando-se nos dados de maior relevância para sua análise.

A plataforma foi desenvolvida em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e com a Agência de Tecnologia da Informação do Estado do Piauí (ATI) e pode ser acessada no endereço eletrônico: https://datacepro.pi.gov.br/.