Desde 2016, o Piauí vem avançando no que diz respeito à produção de energia solar, gerando emprego, renda e mais desenvolvimento. O estado abriga, atualmente, a maior usina solar em operação da América Latina, o Parque Solar Nova Olinda, localizado no município de Ribeira do Piauí.
Com quase um milhão de painéis fotovoltaicos instalados em 690 hectares, a usina tem capacidade para produzir 600 GWh de energia por ano em meio ao semiárido piauiense. Empregando cerca de 2 mil pessoas para sua construção, Nova Olinda contou com o apoio do Governo do Estado, por meio de R$ 80 milhões em incentivos fiscais, num total de quase R$ 1 bilhão investido.
Em uma área equivalente a 700 campos de futebol, as placas fotovoltaicas do parque solar possuem sistema de autoajuste informatizado, que acompanha a direção da radiação solar, captando, assim, mais energia.
A capacidade elétrica de Nova Olinda pode abastecer 300 mil famílias. Toda a potência produzida no parque é transmitida da subestação própria para a subestação da Chesf em São João do Piauí, por onde é fornecida para o sistema nacional de distribuição elétrica.
O Piauí ocupa a terceira posição no Brasil na produção de energia solar, com potência instalada de 278,2 MW e nove usinas. O estado está localizado em uma área chamada de “cinturão solar”, conforme a 2ª edição do Atlas Brasileiro de Energia Solar, divulgado em 2018. A região vai do Nordeste ao pantanal, passa pelo norte de Minas Gerais e pega o sul da Bahia e o nordeste de São Paulo.
Em 2019, foi aprovada a proposta de instalação de oito miniusinas fotovoltaicas (solar) em solo piauiense. O projeto apresentado prevê o uso de cinco terrenos privados e três áreas públicas, situadas em Caraúbas, Cabeceiras e Canto do Buriti. O investimento previsto (público e privado) é estimado em R$ 174 milhões.
O secretário de Estado da Mineração, Howzembergson de Brito, destaca que esse desenvolvimento da produção de energias renováveis no Piauí está sendo possível devido ao investimento tanto em estrutura física quanto ao planejamento. “Há uma estrutura de Estado que favorece a vinda desses investimentos ao Piauí. Não é só porque temos muito sol. Essa estrutura envolve a participação de diversos órgãos do Governo do Estado, que trabalham condições e flexibilidade para que haja a viabilização e atração desses investimentos”, ressalta o gestor.
De acordo com dados da Secretaria de Estado da Mineração, Petróleo e Energias Renováveis, as usinas em operação nos municípios de Ribeira do Piauí, João Costa e São João do Piauí produzem 270 MW (Megawatts).
Estão sendo construídas, ainda, outorgadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Usina Solar São Gonçalo, em São Gonçalo do Gurguéia; e a Usina Solar Etesa, também em São João do Piauí, que irão gerar 420 MW no total.