O Piauí reduziu 6,7 pontos percentuais o número de piauienses que vivem em situação de pobreza, ficando entre os estados que mais conseguiu tirar pessoas dessa situação. Em 2019, índice de pessoas que viviam abaixo da linha da pobreza era de 45,18% da população do Piauí, percentual que caiu para 38,44% em 2020. Ou seja, em um ano, mais de 220 mil piauienses melhoraram de condição de vida entre um ano e outro.

A informação é da Secretaria de Planejamento do Piauí a partir de dados da Síntese de Indicadores Sociais (SIS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No Nordeste, o índice da população abaixo da linha da pobreza em 2019 era de 44,59%, e embora tenha caído em 2020, para 40,54%, a redução, de 4 pontos percentuais, ficou inferior à obtido no Piauí.

A desigualdade social também teve redução expressiva no Piauí no mesmo período, ficando melhor que a média do Nordeste. O Índice de Gini no Estado, que mede o grau de concentração de renda em determinado grupo e aponta a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos, caiu para 0,474, enquanto a da Região Nordeste foi de 0,526 e Brasil, 0,524.

Segundo o Ipea, o Índice de Gini varia numericamente de zero a um. O valor zero representa a situação de igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda. O valor um está no extremo oposto, isto é, uma só pessoa detém toda a riqueza. Dessa forma, quanto mais próximo de 0 (zero) menores os níveis de desigualdade e quanto maior a proximidade do 1 (um), maior a concentração de renda em determinado grupo.

Além da redução da pobreza e desigualdade, a proporção do piauienses com menor renda também caiu. Em 2019, cerca de 24,90% dos piauienses tinham a renda domiciliar per capita inferior a ¼ de salário mínimo e, em 2020, o percentual caiu para 17,10%.

De acordo com a secretária de Planejamento do Piauí, Rejane Tavares, esse cenário se deve, em grande parte, às ações implementadas pelo Governo do Estado voltadas para redução da insegurança alimentar e liberação de recursos para reduzir a desigualdade. No ano passado, o Estado do Piauí disponibilizou R$ 4 milhões para aquisição e distribuição de alimentos às famílias em situação de vulnerabilidade social.

Em 2020, cerca de R$ 1,5 milhão foram investidos na compra de alimentos da agricultura familiar, onde aproximadamente 20 mil famílias foram beneficiadas. Nesse mesmo ano, o Banco de Alimentos da Nova Ceasa, resultado da parceria público-privado entre Governo do Estado e a Concessionária Brazil Fruit, distribuiu 250 mil kg de frutas, verduras, legumes e cereais para famílias em situação de extrema pobreza.

Já em 2021, o Governo implantou o Cartão Sasc Emergencial, um benefício de R$ 200,00, pago em forma de crédito no cartão financeiro, visando atender 5 mil famílias, que não recebem auxílio de outros programas sociais. “São ações que demonstram o compromisso do Estado em minimizar os efeitos da pobreza na população, refletindo, assim, na melhoria da distribuição de renda e, consequentemente, na redução dos níveis de vulnerabilidade socioeconômica no Piauí”, afirma Rejane Tavares.

Também em 2021, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, liberou R$ 6 milhões para empresários e empregados do setor de bares e restaurantes, beneficiando cerca de 6 mil empresas e trabalhadores do setor, que foram muito impactados pela pandemia.

O governador Wellington Dias ressalta a importância do Programa de Retomada Organizada do Desenvolvimento Social e Econômico, o PRO PIAUÍ, para o combate à pobreza por meio do incentivo à economia do Estado.

“O PRO PIAUÍ, coordenado pelo Secretário da Fazenda Rafael Fonteles, nos coloca com a menor taxa de desemprego do Brasil. E, focado no Social, trabalhando tecnicamente um plano para cada família, nossa vice governadora professora Regina Sousa, cuida do PRO SOCIAL onde o alicerce é educação”, disse o governador, lembrando que somente nesse área o Governo do Estado está investindo R$ 2,1 bilhões. “E somos destaque no Brasil na educação e o Piauí tem maior proporção de famílias que tiramos da miséria e da pobreza pela via do trabalho e empreendedorismo. A meta é não deixar ninguém para trás”.