A coordenação da Casa de Acolhimento Feminino idealizou, há cerca de um ano, o projeto de apadrinhamento “Anjo Guardião”, que visa a oportunizar às adolescentes acolhidas construir laços de afeto e apoio material com pessoas que possuam disponibilidade emocional ou financeira para se tornar padrinho ou madrinha.
O projeto tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento educacional, social e profissional das adolescentes; propiciar a vivência de vinculação afetiva com um grupo familiar, favorecendo o sentimento de “pertencimento” e estabilidades afetiva e emocional e consolidar laços afetivos que darão suporte emocional futuro, após o seu desligamento da instituição.
Segundo Alice Rezende, coordenadora da Casa de Acolhimento Feminino, há um processo de solidão e fragilidade de referências afetivas generalizado, que alcança quase a totalidade de acolhidas. “As adolescentes convivem com educadoras sociais, que trabalham em regime de plantão, e há vínculos afetivos profissionais. Apesar dos nossos esforços em se adequar ao artigo 92 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que indica atendimento personalizado e em pequenos grupos, tentando, assim, chegar o mais próximo possível de uma realidade familiar, a formação de vínculos não tem a efetividade necessária”, diz a coordenadora, que acrescenta: “esperamos que a experiência proporcionada por esse projeto minimize o sentimento de abandono e promova a recuperação da autoestima das adolescentes atendidas, pela oportunidade de as mesmas serem acompanhadas por padrinhos e madrinhas que proporcionem afeto e cuidados. Nosso objetivo em divulgar esse projeto é estimular pessoas a apadrinhar essas jovens e contribuir para o desenvolvimento delas”.
A Casa de Acolhimento Feminino é um programa assegurado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n º 8.069/90. 92, 93, 98 e 101), celebrado entre a União, por meio do Sistema Único de Assistência Social (Suas), e o Estado do Piauí, por meio da Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos (Sasc). A instituição tem como objetivo acolher, com dignidade, adolescentes do sexo feminino, com idade entre 12 e 17 anos, que estão em situação de vulnerabilidade social, onde seus vínculos familiares estão fragilizados ou rompidos.
O Projeto Anjo Guardião prevê três tipos de apadrinhamento, são eles:
Padrinho/madrinha afetivo(a): é aquele que visita regularmente a afilhada, buscando-a para passar fins de semana, feriados ou férias escolares na sua companhia, proporcionando as promoções social e afetiva e revelando a ela as possibilidades de convivências familiar e social saudáveis.
Padrinho/madrinha provedor(a): é aquele que fornece suporte material ou financeiro à adolescente, seja, com realização de obras na instituição de acolhimento, doação de móveis, de aparelhos, de equipamentos, de utensílios, de materiais escolares, de calçados, de brinquedos, etc., seja com o patrocínio de cursos profissionalizantes, reforço escolar, prática esportiva e, até mesmo, por meio de uma contribuição mensal em dinheiro em conta poupança, que será aberta em nome da adolescente com movimentação somente mediante autorização judicial, ou quando da maioridade civil.
Padrinho/madrinha colaborador(a): é o profissional que se cadastra para atender às necessidades institucionais das adolescentes, conforme a sua especialidade de trabalho, sendo um fornecedor de serviços médicos, odontológicos etc.
Mais informação entre em contato com a Casa de Acolhimento Feminino, por meio do WhatsApp (86) 98848-8416 ou no endereço Av. Dr. Luís Pires Chaves s/n – Barro Saci (próximo à Paróquia Menino Jesus de Praga).