O projeto Defensoras Populares, desenvolvido pela Defensoria Pública do Estado do Piauí (DPE-PI), completou, nessa segunda-feira (14), um ano de existência na busca pela capacitação e empoderamento de lideranças femininas. No Piauí, o projeto é uma iniciativa da subdefensora pública geral, Carla Yáscar Bento Feitosa Belchior, e conta com a participação do Núcleo de Defesa da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar da DPE, além de defensoras públicas de vários órgãos de atuação da instituição, que se revezam ministrando as aulas.
A aula inaugural da primeira turma do Defensoras Populares foi realizada no dia 14 de setembro de 2019, na sede da Associação de Moradores do Itararé (AMI), com a presença do defensor público geral, Erisvaldo Marques dos Reis, e da subdefensora pública geral, Carla Yáscar Bento Feitosa Belchior. Essa turma especificamente formou 26 mulheres, que receberam seus certificados em solenidade realizada no auditório da Casa de Núcleos da Defensoria, no dia 06 de dezembro de 2019, oportunidade em que foram prestigiadas por defensoras e defensores públicos, além de representantes de órgãos e instituições voltados para a promoção dos Direitos Humanos e defesa das mulheres.
Em 2020, logo após as primeiras reuniões para o início da segunda turma do Defensoras Populares junto à comunidade da Santa Maria da Codipi, as atividades tiveram que ser suspensas devido aos riscos de contágio pelo novo coronavírus, causador da Covid-19. Contudo, o projeto não parou e as defensoras públicas participantes estudaram novo formato para dar seguimento à capacitação, sendo definido que as aulas serão retomadas no próximo dia 26, de forma virtual. O novo formato também oportunizará que mais de uma turma venha a ser capacitada dentro do que se concretiza como um dos mais transformadores projetos implementados pela Defensoria Pública.
A subdefensora pública geral destaca a relevância do projeto e a próxima retomada. “O Projeto Defensoras Populares leva a Defensoria para perto da comunidade, o que além de ser uma meta da gestão, nos fortalece como instituição, pois podemos perceber na prática que a educação em direitos é capaz de transformar vidas. Nossa primeira turma de defensoras populares, com as mulheres do Itararé e região, foi devidamente capacitada e já está atuando de forma precisa e eficaz, o que é motivo de enorme orgulho. Temos a firme convicção de que as próximas turmas representarão um avanço para cada região de suas respectivas lideranças”, destacou Carla Yáscar Belchior.
Ela explica que a retomada de forma virtual foi estudada com muito carinho para que todas as participantes possam ser devidamente orientadas e, ao mesmo tempo, estejam protegidas de qualquer risco ainda imposto por esse período de pandemia. “O importante é que novas defensoras populares possam ser formadas em direitos humanos, serviços e equipamentos públicos destinados ao atendimento das mulheres, sistema básico de Justiça, noções de direitos de grupos sociais vulneráveis, pois esse projeto existe exatamente para que cada participante possa multiplicar os conhecimentos adquiridos junto às suas comunidades, possibilitando que outras pessoas sejam esclarecidas e devidamente orientadas sobre seus direitos”, completa a defensora.