Considerando o estabelecimento de medidas ao enfrentamento da emergência de saúde pública para medidas de prevenção e controle do coronavírus, o Programa de Residência Integrada Multiprofissional em Terapia Intensiva do Adulto (Rimtia), da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), desenvolve um projeto de intervenção em cenários de práticas nos hospitais do estado. Ao todo, já foram qualificados 854 profissionais de saúde e de apoio técnico no mês de março.
O projeto tem como objetivo criar ações e qualificar de forma mais rápida e eficaz profissionais da saúde especializados na Covid-19. Dentre as atividades do projeto tem-se as qualificações de multiplicadores para atuarem na área Covid em paramentação e desparamentação de EPIs; logísticas de fluxos de entrada e saídas da área Covid; construção coletiva de protocolos com CCIH; Núcleo de Segurança do Paciente e Núcleo de Educação Permanente dos Hospitais.
A coordenadora da Residência Integrada Multiprofissional em Terapia Intensiva do Adulto (Rimtia), Sônia Campêlo, acrescenta que o projeto foca em desenvolver ações de combate à proliferação do vírus. A residência está atuando no Hospital Getúlio Vargas (HGV); Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela (IDTNP) e Hospital Dirceu Arcoverde da Policia Militar do Piauí (HPM-PI).
“Além do projeto com a integração da Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade, coordenado pelo professor Vinicius Oliveira, ampliamos o projeto para os serviços de saúde no município de Teresina apoiando o Núcleo de Segurança do Paciente. Sem dúvida, entendemos que a melhor medida de prevenir essa doença é adotar ações para impedir a propagação do vírus. É um desafio mundial, mas devemos seguir firmes. Compreendemos que o maior ganho em uma crise é o aprendizado e o enorme potencial de mudança. Que cada um de nós possamos aproveitar ao máximo essa oportunidade”, pontua Sônia Campêlo.
Os residentes Nazareno Júnior e Thamires Leal apontam os resultados positivos e a importância desse apoio que os profissionais de saúde estão recebendo. “Atualmente, já são mais de 800 colaboradores (profissionais de saúde e de apoio) treinados nas maiores instituições de saúde do nosso estado, acerca do uso racional e cuidados com equipamentos de proteção individual, na paramentação, na rotina assistencial e na desparamentação. Além de protocolos operacionais e fluxos elaborados, orientados e implantados nesses serviços, prezando sempre pela segurança do trabalhador, pela qualidade do cuidado em saúde e segurança e satisfação do paciente”, afirma o enfermeiro Nazareno Júnior.
“Nós estamos fazendo um trabalho focado primeiramente nos profissionais de saúde. Por mais que saibamos que esses hospitais estão ‘acostumados’ a receber pessoas em um estado grave, ainda temos que intensificar essas capacitações e, além disso, também proporcionamos um apoio psicológico, reforçar o que eles já sabem e intensificar o combate à essa doença”, conta a fisioterapeuta Thamires Leal.
As atividades da residência, além das inúmeras ações de combate, seguem até o fim do mês de maio.