A equipe de Odontologia do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade (PRMSFC), da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), está realizando o projeto “Odonto mais saúde”, em parceira com a Prefeitura de Teresina. O foco da atuação são pessoas idosas, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e usuários com deficiência física e intelectual e/ou pessoas do grupo de risco da Covid-19, em situação de urgência odontológica dos bairros da zona sul de Teresina.
O grupo é composto por três residentes e um coordenador que buscam melhorar a assistência odontológica e facilitar o acesso aos serviços de forma mais equitativa, no contexto da pandemia. A linha de atuação é pautada na compreensão da dificuldade de acesso da população, nos princípios de vínculo e acolhimento e no direcionamento racional das demandas odontológicas, por meio da utilização de estratégias de: teleorientação, realização de visitas domiciliares programadas, com intervenções preventivas e controle de doenças bucais, e encaminhamentos para atendimento de urgência de referência.
Além dos bairros da zona Sul de Teresina, os residentes também realizam parcerias com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Teresina-PI (Apae), a Residência Inclusiva “Boa Morada”, o Centro de Estimulação para Crianças com Deficiência Sensorial-Auditiva e Visual (CES) e a Instituição de Longa Permanência de Idosos “Nosso Lar”, para atender os usuários dessas instituições.
O coordenador da Residência, Vinícius Oliveira, afirma que a ação foi pensada em parceria com a Prefeitura de Teresina para dar continuidade aos cuidados mediante ações de prevenção, tratamento de doenças, reabilitação, paliação e promoção à saúde prestadas em domicílio.
“Todo o suporte de segurança para os residentes e para os pacientes é dado pela prefeitura e dessa forma nós realizamos esse trabalho. São ações de urgência e emergência direcionados a um público específico, que é de pessoas idosas, com deficiência e doenças crônicas. Após a consulta, se necessário, nós encaminhamos às Unidades Básicas de Saúde (UBS)”, destaca o professor.
O residente Isaac Santos explica que um formulário eletrônico tem sido utilizado para triagem dos casos e agendamento das ações. “Nos casos em que são necessários atendimentos odontológicos domiciliares, rígidas medidas de biossegurança são seguidas, sendo escolhidos ambientes iluminados e arejados para realização de procedimentos de curta duração, que não geram aerossóis, a exemplo de: acesso endodôntico, restaurações minimamente invasivas, remoção de dentes, prevenção e diagnóstico precoce de câncer bucal, prescrição de medicamentos, tratamento básico de doença periodontal, entre outros”, pontua.
As ações seguem por tempo indeterminado, e espera-se assim, que a odontologia possa trabalhar no coletivo social de forma preventiva, reforçando a importância da realização de diagnóstico precoce, mínima intervenção e valorizando programas educacionais, para promover saúde bucal de forma integrada.