A Secretaria da Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos foi o primeiro órgão de Assistência Social no Brasil a assinar o termo de adesão à campanha “Não Esqueça da Hanseníase “. O ato aconteceu na última quinta-feira (25), durante reunião entre a secretária Regina Sousa, o coordenador nacional do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), Artur Custódio e equipe, em Teresina.
A campanha “Don’t forget Hansen’s Disease”( Não Esqueça da Hanseníase) foi preconizada pelo embaixador da Boa Vontade da Organização Mundial da Saúde, Yohei Sasakawa e objetiva promover, dentre outras ações, a conscientização, a organização de eventos e a inclusão de pessoas atingidas pela doença nas políticas desenvolvidas pelos órgãos públicos.
A secretária da Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos, Regina Sousa, cita que a hanseníase é uma doença negligenciada e cresceu muito o número de casos após a pandemia da Covid-19 no mundo. E segundo dados da Organização Mundial da Saúde, estima-se que 50% de novos casos não foram diagnosticados se comparando à curva epidemiológica da doença entre 2019 /2020. No Brasil são identificados, a cada ano, 30 mil novos casos de hanseníase.
Regina Sousa explica que a assinatura do termo de adesão à campanha é uma parceria para a Sasc ajudar a identificar novos casos, os locais de maior incidência e a combater a doença, pois a equipe da secretaria está sempre viajando e tem contatos com os municípios e as comunidades. “O pessoal da Sasc viaja muito e vamos incluir na pauta essa campanha de combate e informação sobre a hanseníase”, disse a secretária.
O coordenador nacional do Morhan, Artur Custódio, explica que as políticas de combate à hanseníase têm que ser integradas com os órgãos de saúde, educação, segurança, assistência social, seguridade e previdência para enfrentar a desigualdade social no Brasil. “A hanseníase é uma doença que tem que ser olhada, não só pela saúde, mas pela assistência social também”, ressaltou Artur.
A hanseníase é uma doença cercada pelo desconhecimento, mitos e lendas e que gera estigma e preconceito, mas tem tratamento e cura. Os medicamentos são doados e repassados pela Organização Mundial da Saúde ao Sistema Único de Saúde-SUS, sem custos para as pessoas que convivem com a doença.