A equipe técnica da Secretaria da Assistência Social, Trabalho e Direitos Humanos (Sasc), acompanhou na tarde desta quinta-feira (15), representantes do Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e Emprego e da Polícia Federal no resgate a uma trabalhadora de 44 anos, natural de Arame, no Maranhão. A mulher, de iniciais R.S. vivia no bairro Mocambinho, em Teresina, em trabalho doméstico análogo à escravidão há mais de 30 anos.

De acordo com a gerente de enfrentamento ao trabalho escravo da Sasc, Graça Ferreira, a mulher já foi encaminhada para um abrigo para vítimas de violência doméstica e vai receber apoio psicossocial, jurídico e orientações para atividades de qualificação profissional: “O papel da Sasc é exatamente, ao receber essa trabalhadora que foi resgatada, procurar um abrigo onde ela possa ficar até receber todos os direitos que foram negados a ela durante todo esse tempo. Inclusive já foi encaminhada a entrada nos três meses de seguro desemprego”, diz a gerente, que acrescenta que a secretaria também pretende inserir a vítima resgatada em cursos de qualificação profissional.

Graça explica que as pessoas responsáveis por mantê-las nessa situação, devem responder processo por danos morais e serão obrigadas a pagar os direitos trabalhistas pelo período que passou em sistema de escravidão, por mais de 30 anos.

“Nós vamos acompanhar essa trabalhadora até ela receber todos os direitos que ela tem em ressarcimento a esse período, como também depois acompanhar para que ela seja encaminhada para um trabalho formal, contratada por alguém que possa realmente garantir todos os seus direitos trabalhistas ”, completa Graça.

Fonte: Sasc