Representantes da Secretaria de Estado das Mulheres do Piauí (Sempi) participaram, nesta quinta-feira (15), de sessão solene em homenagem à Marcha das Margaridas. A solenidade foi realizada no Cine Teatro da Assembleia Legislativa do Piauí reunindo autoridades e representantes de movimentos sociais.

Durante o evento, a diretora Institucional e de Ações Temáticas da Sempi, Ianara Evangelista, destacou as políticas desenvolvidas pela secretaria e que são voltadas para as mulheres do campo, como o Ônibus Lilás, projeto que já atendeu 186 municípios, o que representa 83% dos municípios piauienses. A meta da Sempi é levar esse atendimento a 100% dos movimentos piauienses.

“As unidades móveis estão em execução desde 2015 e têm como objetivo levar para as áreas rurais atendimento para as mulheres em torno da situação de violência: psicológica, social, jurídica. É uma ação articulada com vários outros órgãos para enfrentar a violência no campo”, destacou Ianara.

A Marcha das Margaridas

A Marcha das Margaridas é o maior movimento de mulheres do campo da América Latina e homenageia a paraibana Margarida Maria Alves, sindicalista e defensora dos direitos dos povos do campo que foi assassinada no dia 12 de agosto de 1983 como retaliação à sua atuação em defesa dos direitos humanos.

No Piauí, a  Marcha das Margaridas será realizada no dia 3 de julho. Já em Brasília, ela ocorrerá nos dias 15 e 16 de agosto. Este ano, em que ocorre a sétima edição do evento, o tema é “Reconstrução do Brasil e o Bem Viver das Mulheres” e se pautará em torno de 13 temas. Alguns deles são a participação política das mulheres, a agroecologia, a saúde, a educação, a previdência e as questões climáticas. Além das federações de trabalhadores rurais, há 16 organizações parceiras na organização da marcha.

Sobre a marcha estadual, a secretária de Mulheres da Fetag-PI, Marlene da Costa Veloso, destacou como uma das maiores conquistas a criação da Secretaria de Estado de Mulheres do Piauí, pois isso foi pauta em todas as edições anteriores do evento. “Felizmente, hoje, essa não precisa mais ser uma pauta, pois já foi atendida. Hoje, nossa luta é por mais orçamento para políticas para mulheres”, disse.