A Secretaria de Planejamento do Piauí (Seplan), em busca de se tornar cada vez mais presente e acessível à sociedade, está utilizando uma ferramenta de descrição de imagem nas redes sociais a fim de levar a informação aos deficientes visuais.
“As restrições físicas de uma pessoa não devem ser impeditivas para não nos comunicarmos da forma mais positiva possível com ela e de acordo com suas necessidades. Por isso, o poder público precisa conversar com toda a sociedade”, diz Washington Bonfim, secretário de Planejamento.
No Piauí, de acordo com dados do IBGE, há pelo menos 120 mil pessoas com deficiência visual, e o papel dos órgãos públicos é também pensar nessas pessoas que fazem parte das redes sociais.
“Nós somos mais de 24% da população e os órgãos públicos deviam se atentar para isso. Promover essa inclusão na informação é um dever do Estado, Município e da Federação”, comenta Herbert Portela, deficiente visual.
Em 2018, o Instagram desenvolveu uma ferramenta na rede social que tem imagens e vídeos compartilhados com a opção de descrição automática e legendas produzidas especialmente para cegos, de forma a tornar o aplicativo mais inclusivo. O problema é que mesmo com a funcionalidade, poucas contas utilizam essa ferramenta.
A acessibilidade digital é indispensável para que as pessoas com deficiência possam cumprir funções básicas on-line de forma independente e, legalmente, é obrigatória. Para isso, existe a Lei Brasileira de Inclusão que tem como objetivo assegurar os direitos destas pessoas, contemplando as mais variadas áreas dentre elas o acesso aos meios digitais.