Foi realizada, na manhã desta sexta-feira (15), mais uma cerimônia de batismo religioso na Penitenciária Feminina de Teresina, como parte das diversas ações que contribuem para a uma melhor perspectiva de reinserção social após o cumprimento de penas. O ato religioso foi realizado em parceria com a Diretoria de Humanização e Reintegração Social, através da Coordenação de Assistência Religiosa, e dirigido pela Igreja Universal, uma das denominações parceiras no trabalho de assistência religiosa e na política de ressocialização aplicada nas unidades prisionais do estado.

Prevista na Lei de Execução Penal (LEP), a assistência religiosa é importante para a prevenção de reincidência criminal e gera novas perspectivas de vida. Prova disso é que muitas pessoas ao passarem por esse processo assumem uma nova forma de viver, como é o caso da ex-interna da Penitenciária Feminina de Teresina, Tarcyana Kelly. Livre há quatro anos, hoje ela se dedica ao trabalho voluntário na Igreja. “Quando a gente está dentro do sistema prisional, a gente acha que é o fim. E através desse batismo, hoje, muitas almas vão ser alcançadas. O batismo é fundamental para quando elas saírem daqui”, relata a voluntária.

Com uma simbologia bastante profunda, o batismo, dentro do contexto religioso, indica o desejo de mudar de vida e assumir novas práticas. Para a interna Rosalina de Oliveira, a decisão de ser batizada veio depois de ser tocada através da oração. “O Espírito Santo me tocou e, agora, estou muito feliz! Quero mudar e seguir em frente”, afirma.

O diretor adjunto de Humanização e Reintegração Social, Lécio Mauro, também esteve na cerimônia de batismo na penitenciária, destacando a importância do direito das internas à assistência religiosa. “Esse trabalho faz toda a diferença para a realidade do sistema, dando tranquilidade e levando o alimento espiritual. A Sejus [Secretaria de Estado da Justiça] agradece essa parceria com todas as igrejas presentes nas unidades”, destaca.

Grupos religiosos, de diferentes denominações, prestam este tipo de assistência à população carcerária no Estado. Segundo a coordenadora de Assistência Religiosa, Rosilândia Silva, o objetivo das cerimônias religiosas dentro das unidades é fortalecer e ampliar a parceria com essas diversas igrejas. “Todo o trabalho é voluntário, com atividades de batismo, casamentos, cultos, missas e outras ações, contribuindo para a transformação interior desses internos”, enfatiza Rosilândia.

Segundo o pastor Iderlei Rochel, da Igreja Universal dos Presídios, é fundamental o trabalho da igreja na unidade. “A mulher é mais emotiva, algumas são mães e, tratando-se de unidade feminina, tem um sentido mais profundo, porque ao saírem daqui vão pensar em ter uma vida diferente para elas, para a família e para a sociedade, todos ganham”, ressalta o pastor.

Fonte: Sejus