Para melhorar o atendimento, a Maternidade Dona Evangelina Rosa vai montar um grupo de trabalho com a participação do Conselho Regional de Medicina, a direção do hospital, a Secretaria de Saúde e do Ministério Público do Estado. Segundo o superintendente de Organização do Sistema de Saúde, Jefferson Campelo, a gestão tem conhecimento que a maternidade está sobrecarregada. “Neste grupo, vamos analisar todos os detalhes e tratar não só da ampliação, mas também de mudanças de processos, aprimoramento da gestão, redução de desperdício e, sobretudo, trabalhar a regulação, envolvendo também a Fundação Municipal de Saúde”, afirma o superintendente.
A Maternidade Dona Evangelina Rosa vem desde o início da pandemia realizando um trabalho de excelência no combate à Covid-19. A unidade de saúde foi uma das primeiras do estado a testar acompanhantes, pacientes e funcionários. Já foram recuperadas mais de mil pacientes infectadas pelo coronavírus na maternidade, que destacou alas exclusivas para esse tratamento. A unidade de saúde conta com 20 leitos clínicos e 12 de unidades de terapia intensiva (UTIs), além de dois leitos de estabilização.
“Desde o registro do primeiro caso da doença tivemos a preocupação de fazer uma área Covid totalmente separada das demais, por estrutura física. Com isso nós conseguimos um índice aceitável de recuperação, embora tenhamos perdido seis pacientes para a doença. Mas diante de quase mil atendimentos isso dá um percentual de quase 0,5%”, destaca o diretor da maternidade, Francisco Macêdo.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) realizou uma série de investimentos na maternidade, que recebeu equipamentos de ponta, como um aparelho que realiza tomografia contrastada, o que traz mais precisão no diagnóstico.
“A aquisição do equipamento faz parte do PRO Saúde, que está modernizando os hospitais da rede estadual de saúde. Mulheres e bebês agora podem contar com exames mais complexos, que possibilitarão um diagnóstico mais preciso não só para a Covid, mas para centenas de outras doenças”, lembra o secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto.
Na Maternidade Dona Evangelina Rosa também foram instalados equipamento de raios X digital, camas novas e respiradores. “Nós estamos trabalhando incansavelmente para voltar à normalidade do atendimento. Paramos 15 dias em março, mas logo voltamos a funcionar, pois somos uma unidade de alta complexidade. Somos a única maternidade do Piauí que realiza cirurgias pediátricas, neurológicas e atendimentos de alto risco e, com a pandemia, houve um aumento dessa demanda”, lembra Francisco Macêdo.
Estão previstas outras novas obras para a maternidade por meio do PRO Saúde, programa que visa reestruturar toda a rede hospitalar do Piauí, dar andamento em 32 obras, com previsão de entrega até julho de 2021, além de melhorar a gestão dos hospitais, buscando mais eficiência e um tratamento mais humanizado ao usuário, otimizando o serviço de regulação e aquisição de equipamentos modernos para os hospitais.