As chuvas de início de ano trazem uma preocupação para a população com relação ao aumento dos casos das doenças sazonais ocasionadas pelo mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika.

Dados do boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) mostram que nos primeiros meses de 2021, de 1° de janeiro a 19 de fevereiro, foram registrados no Piauí 60 casos de dengue. No ano passado, 1.853 pessoas tiveram a doença e, em 2019, quando o estado apresentou uma epidemia de dengue, 6.762 casos foram confirmados.

“Como estamos na pandemia da Covid-19, em que alguns sintomas se assemelham às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, muitos casos dessas doenças foram subnotificados, por isso essa redução tão grande se compararmos os últimos dois anos”, explica a coordenadora de Epidemiologia da Sesapi, Amélia Costa.

Para conscientizar a população sobre prevenção dessas doenças, a Secretaria de Estado da Saúde alerta para os cuidados que devem ser tomados durante este período.

“Precisamos reforçar a população que é muito importante não deixar água parada, não jogar lixo em locais inapropriados, limpar terrenos e comunicar as autoridades de vigilância de seu município sobre locais que não cumprem esses requisitos”, alerta a coordenadora.

Os sintomas clínicos das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti são muito parecidos, por isso é importante prestar atenção em alguns detalhes, por exemplo, a dengue apresenta febre alta e de início imediato sempre presente, dores moderadas nas articulações, manchas vermelhas na pele e coceira leve.

Já, a chikungunya se manifesta com febre alta de início imediato, dores intensas nas articulações, manchas vermelhas nas primeiras 48 horas, coceira leve e vermelhidão nos olhos. O quadro de zika é febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas nas primeiras 24 horas, coceira de leve à intensa e vermelhidão nos olhos.

“Todo caso suspeito de dengue, chikungunya e zika deve ser notificado pelo serviço de saúde imediatamente até 24 horas do atendimento do paciente. Precisamos que os municípios façam essas notificações para que tenhamos um maior controle epidemiológico das doenças. E que a população procure o serviço de saúde para a realização de exames que notificam as doenças”, lembra Amélia Costa.

As principais medidas que devem ser tomadas pela população para o controle do Aedes aegypti são as seguintes:

– Manter a caixa d’água, tonéis e barris de água bem fechados;

– Colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira fechada;

– Não deixar água acumulada sobre a laje;

– Manter garrafas com boca virada para baixo;

– Acondicionar pneus em locais cobertos;

– Proteger ralos sem tampa com telas finas;

– Manter as fossas vedadas;

– Encher pratinhos de vasos de plantas com areia até a borda e lavá-los uma vez por semana;

– Eliminar tudo que possa servir de criadouro para o mosquito como casca de ovo e tampinha de refrigerante.