A secretária de Estado da Assistência Social, Regina Sousa, recebeu, nesta quinta-feira (4), os coordenadores do projeto Caminhos do Sol, os professores Alexandre dos Anjos e Adriana Galvão. Desde 2016, eles desenvolvem um trabalho junto às comunidades rurais de Teresina para o reaproveitamento de alimentos, com o desidratador solar, que usa a energia proveniente dos raios soles para transformar produtos e evitar o desperdício.

A secretária informou no encontro que vai apresentar o projeto de geração de renda ao ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias. “ Toda vez que temos uma experiência que trata de aproveitamento de alimentos, eu fico curiosa e quero conhecer. Os professores da Universidade Federal do Piauí  (UFPI) têm uma pesquisa consolidada sobre desidratação de alimentos e é uma coisa muito bonita e gostosa. Neste período que a gente fala tanto sobre segurança alimentar, é muito importante este caminho, de buscar alimentação saudável. A gente vai incentivar, vamos apresentar aos gestores da Secretaria do Desenvolvimento Econômico (SDE) e da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF), para ver como isso pode ser aplicado em quantidade, porque eles estão aplicando em comunidades e está dando muito certo”, disse Regina Sousa.

Os professores constataram que em Teresina há 46 hortas e um desperdício de 20% na produção e, por isso, resolveram fazer o reaproveitamento de frutas e verduras, usando a tecnologia que aproveita alimentos maduros e verdes. O objetivo é implantar o projeto em cinco comunidades de Teresina para gerar renda de R$ 1.500 por família. Cada máquina desidrata 1,5 kg de alimentos por semana e tem o custo de R$ 630 todo o projeto.

“A nossa proposta não é cozinhar alimentos, mas retirar a água para que a gente possa aumentar o tempo de vida desse alimento em até um ano. A tecnologia, chama Ecodrytec, foi desenvolvida na Universidade Federal do Piauí e hoje somos uma startup estabelecida como inovação piauiense e nós desenvolvemos máquinas desidratadoras de alimentos movidas a energia solar com o objetivo de diminuir perdas e desperdícios na agricultura familiar, gerando renda e alimentos duráveis e saudáveis”, explica a professora Adriana Galvão.


O professor Alexandre dos Anjos complementa dizendo que a desidratação atua de forma ecologicamente correta, utilizando energias renováveis para beneficiar os produtos e ao mesmo tempo combater o desperdício e agregar renda em até 7%  à população. “O objetivo é que nós possamos implantar esse projeto em todo o Piauí e, quiçá, em todo o Nordeste e espalhar esse exemplo. Acreditamos que a nossa proposta possa ser um exemplo para o Brasil e para o mundo”, aponta o pesquisador.