O V Simpósio Nacional de Crítica Genética e Arquivologia inicia nesta semana, entre os dias 24 e 26, com participação de pesquisadores de todo o Brasil. A programação conta com discussões, conferências, mesas-redondas, oficinas e simpósios temáticos.
O simpósio já conta com mais de 300 inscritos. Os participantes terão a oportunidade de discutir sobre o papel da crítica textual, da publicação de textos e do arquivamento, do processo de criação nas artes, da importância das fontes históricas e da edição crítica como produto final do estudo do manuscrito a ser publicado.
Além disso, o evento também irá expor as abordagens teóricas do conhecimento científico que ajudam a entender o processo criador e arquivístico, dentre elas: História da Literatura, Teoria da Literatura, Crítica Literária, História, Sociologia, Educação, Biblioteconomia e Arquivologia.
Este ano, o evento comemorará os dez anos do Núcleo de Estudos em Memória e Acervo (Nema). A professora Márcia Edilene, uma das organizadoras do encontro, aponta que o simpósio é uma oportunidade para a divulgação das pesquisas desenvolvidas pelo Nema e pela Uespi em todo o país. “Nós tivemos um retorno muito bom. Ao todo, são 240 alunos inscritos em oficinas e 121 em simpósios, para nós é muito importante. Organizamos toda a programação com a intenção de promover uma interação, discussão e conhecimento de novas áreas dentro da crítica genética e arquivologia”, ressalta a docente.
A professora Ana Cristina irá participar do simpósio Entre História e Sociologia: Fontes, métodos e processos criativos, com a professora Paula Guerra, da Universidade do Porto, em Portugal. Ela afirma que o simpósio tem como objetivo principal refletir sobre os vários percursos intelectuais e de pesquisa que se aliavam entre os campos da História e da Sociologia.
“A ideia é cartografar a construção do processo criativo que se articula entre a pesquisa e a escrita, mostrando os nós que fabricam o rendado da produção do conhecimento nas ciências humanas”, explica Ana Cristina.
O professor Philippe Willemart, da Universidade de São Paulo (USP), também irá participar da conferência sobre “A inteligência artificial e a crítica genética”. Ele acrescenta que trabalhar com arquivos, decifrar, publicar as versões diferentes de um texto literário ou no caso de objetos de arte, mostrar os esboços, permite salientar os processos de criação, entender os mecanismos da mente ou as maneiras de construir uma obra.
“Os processos de criação decorrem da visão do mundo dos escritores e artistas e de sua integração ou não com o mundo artístico, científico e político de sua época, isto é, de sua inserção ou não no meio ambiente. Em geral, os artistas e os escritores respondendo as perguntas do público, são lidos e admirados quando suas obras sintonizam com os desejos de seus contemporâneos. Às vezes, na vanguarda de sua época, eles anunciam possiblidades de um futuro possível ainda desconhecido”, pontua Philippe Willemart.
O evento será transmitido por meio do canal da Uespi Oficial. Confira a programação completa das conferências.
Inscrições
O prazo de se inscrever para submissão de trabalho e oficinas já encerraram, mas para ouvintes as inscrições seguem abertas até esta terça-feira (23).