Desde março deste ano, os detentos da Penitenciária Irmão Guido estão atuando no projeto de agricultura sintrópica, idealizado pela professora Conceição Araújo e apoiado pela vice-governadora Regina Sousa. O projeto sitrópico é baseado em um sistema de cultivo agroflorestal caracterizado pela organização, integração, equilíbrio e respeito ao meio ambiente, neste caso, promovendo a ressocialização e produzindo alimentos saudáveis.

“Estou muito feliz com o trabalho e, hoje, os detentos me enviaram um pouco do resultado da colheita”, comentou a vice-governadora Regina Sousa ao receber hortaliças e frutas colhidos na Penitenciária Irmão Guido. Ela disse que o projeto de agricultura sintrópica respeita o ambiente natural, deixa os presos relaxados e eles produzem alimentos naturais para eles e os familiares. “É um modelo que serve para ser implantado em outros presídios”, considerou.

A professora Conceição Araújo explica que agricultura sintrópica associa a agricultura com a floresta existente para plantar com segurança e harmonia, que é a agrofloresta. “A agricultura sintrópica não é nova: estamos voltando às origens da humanidade”, declarou a docente, acrescentando que o trabalho permite recuperar e enriquecer o solo, sem utilização de agrotóxicos e com manejo feito com a matéria do solo.

No projeto da Irmão Guido, já foram feitas colheitas de milho, feijão e, agora, de macaxeira, maxixe, hortaliças, abóbora e quiabo. Os próximos plantios serão de milho, feijão e abóbora. “Os presos agradecem o apoio da vice-governadora que doou kit irrigação e caixa d’água e enviaram a ela alguns produtos. Eles estão felizes em se alimentarem do que produzem”, declarou Conceição Araújo, ressaltando que a iniciativa é um laboratório para que o projeto de agrofloresta seja implantado em todos os presídios do Estado.