O governador Wellington Dias se reuniu, nesta sexta-feira (14), no Metropolitan Hotel, com representantes do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Teresina (Sinduscon) e da bancada federal do Piauí, além de gestores das Secretarias de Estado do Governo, do Planejamento, da Fazenda, da Agência de Desenvolvimento Habitacional (ADH) e Superintendência de Parcerias e Concessões (Suparc), a fim de discutir sobre investimentos na construção civil.
O encontro promoveu um diálogo com deputados federais e senadores a respeito da geração de empregos para o ano de 2020 e o setor da construção civil como um dos principais agentes desse crescimento.
“Aqui tivemos um importante encontro com a nossa bancada federal, que fez um importante trabalho em 2019, como foi anunciado aqui pelo senador Ciro, Marcelo Castro e outros parlamentares, que falaram em cerca de 1 bilhão de reais, 350 direto pelo trabalho da bancada federal para municípios e estados. Além disso, temos aqui um compromisso de trabalhar junto com as entidades da construção civil do Norte e do Nordeste para reverter uma anomalia que passamos a vivenciar nos últimos anos, em que o dinheiro para habitação e outras áreas está sendo direcionado desproporcionalmente para o Centro-Oeste, Sudeste e para a região Sul. Assim, queremos trazer de volta para o Norte e Nordeste, que são as que mais precisam de desenvolvimento. Contamos que a presença do novo ministro Roberto Marinho, do Rio Grande do Norte, possa abrir uma perspectiva nesse caminho”, afirmou o governador.
O senador Marcelo Castro reiterou que os recursos estão sendo destinados prioritariamente para a região Centro-Oeste e Sudeste e colocou como injusto. “Os recursos da Caixa Econômica para construção de habitações vão muito mais para os estados ricos do que para os estados pobres. Então, 70% desses recursos estão concentrados no eixo São Paulo-Goiás-Minas Gerais, isso é injusto, não podemos aceitar e a bancada vai estar unida lá em Brasília trabalhando para que os recursos possam vir para o Piauí na proporção do nosso direito”, chamou atenção o parlamentar.
Wellington destacou ainda a previsão de crescimento do estado no setor da construção civil para os próximos anos. “A gente vem, desde 2015, ano a ano, em uma situação de dificuldades. Abrimos 2020, em direção a 2022, em uma situação crescente, ou seja, vamos ampliar investimentos, ampliar a capacidade de recursos próprios de financiamento; temos em caixa R$ 1,6 bilhões do orçamento da União e do orçamento do Estado para trabalhar todo em investimentos na educação, no qual uma boa parte será para melhorar a nossa rede e qualidade, mas também para melhorias na estrutura e equipamentos. Pedi aqui também para que os empresários do Piauí possam dominar mais, possam conhecer mais e com isso trabalhar também essa área de parcerias público-privadas, além disso, é claro, saber que vamos focar em pequenos, médios e grandes investimentos em todo estado do Piauí”, disse Dias.
De acordo com Francisco Reinaldo, presidente do Sinduscon, o setor da construção civil representa o perceptual de 52% que o Produto Interno Bruto (PIB) do Piauí gerou em 2019 e cerca de 22 mil empregos. “Mostramos a importância da pungência da construção civil com alguns números, entre eles o perceptual de 52% que o PIB da construção civil representa em relação ao setor industrial. A quantidade de empregos que geramos em 2019 foi de 22 mil, mesmo na situação de baixa e a expectativa é que em 2020 melhore significativamente. A intenção de chamar a bancada é muito mais focada na questão do interesse social, onde os recursos são de origem do OGU, que é o Orçamento Geral da União, e do FGTS, isso porque as políticas de adaptação estão sendo discutidas em Brasília. Então, chamamos a bancada para despertar isso, ver o interesse do Nordeste, em especial do Piauí”, afirmou Reinaldo.