O Governo do Piauí participou nesta sexta-feira (16), de forma virtual, do lançamento do Plano de Recuperação Verde (PRV), que tem por objetivo estimular a adoção de uma economia sustentável, que alie emprego, renda e preservação ambiental estimulando o crescimento econômico sustentável da Amazônia Legal.
O PRV é uma iniciativa do Consórcio Interestadual para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, formado pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Os estados buscam uma reconfiguração da estrutura socioeconômica da Amazônia Legal para uma preservação duradoura dos ecossistemas locais.
O governador Wellington Dias destacou o apoio do Piauí nas ações do Plano de Recuperação Verde: “A convite do presidente do Consórcio Interestadual para o Desenvolvimento Sustentável, governador Flávio Dino, participei hoje desse lançamento muito importante, com diversas lideranças do Brasil e de outros países. Destaco que o Piauí terá o mesmo compromisso, seguindo o caminho do desenvolvimento sustentável. Nosso estado tem uma área que é pré-amazônia, que queremos cuidar e essa integração interestadual em busca de ações econômicas sustentáveis terão total apoio do nosso Estado”.
A economista Laura Carvalho, professora da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP), explicou o objetivo do plano: “O PRV tem como objetivo criar uma economia verde, estimulando o freio ao desmatamento ilegal, produção sustentável, infraestrutura verde e a capacitação de habitantes da região. É importante criar uma economia sustentável através de programas regionais, levando em conta o impacto ambiental e socioeconômico de cada um deles, a partir de uma metodologia pré-definida”.
Para a fase inicial do projeto, foi estimado um orçamento de R$ 1,5 bilhão, a ser dividido entre quatro eixos, em projetos estaduais e regionais. Para alcançar o montante para a primeira fase, o Consórcio Amazônia Legal pretende estabelecer parcerias com o setor privado nacional, buscar financiamento através de bancos de fomento e fundos, como o Fundo Constitucional do Norte (operado pelo Banco da Amazônia), além de atuar junto aos órgãos competentes para destravar o Fundo Amazônia (gerido pelo BNDES), que possui cerca de R$ 2 bilhões, mas que atualmente estão bloqueados.
O governador do Maranhão, Flávio Dino, atual presidente do Consórcio Amazônia Legal, falou da importância de se olhar para o futuro e pensar em uma nova economia para o planeta. “A Amazônia precisa de fiscalização e sanções contra crimes. Mas sobretudo de investimentos verdes. 30 milhões de pessoas que moram na Amazônia precisam de oportunidades e de apoio para atividades que protejam a floresta e é isso o que o Plano de Recuperação Verde propõe”, finalizou Dino.